Suu Kyi pode obter um cargo no governo de Mianmar após eleição parcial
Laureada com o Nobel da Paz pela luta contra o governo militar do país asiático, opositora poderá concorrer às eleições em abril
A líder opositora do governo de Mianmar, Aung San Suu Kyi, pode ser nomeada a um cargo do governo chamado “civil”, caso vença as eleições parciais do dia 1º de abril. A informação foi divulgada neste domingo por Nay Zin Latt, um conselheiro da presidência de Mianmar.
Suu Kyi pode conseguir um posto “apropriado” na alta administração pública, de acordo com Latt. “Tudo dependerá do que a líder opositora e Prêmio Nobel da Paz quiser fazer”, disse.
Aung San Suu Kyi
Opositora do governo de Mianmar
Aung San Suu Kyi foi eleita em 1990 como Primeira Ministra de Burma. Uma junta militar que governava o país desde 1962, contudo, não permitiu que a política tomasse posse. San foi forçada a ficar em prisão domiciliar sem visitar. Desde então, ela tem usado de práticas pacíficas para recobrar a democracia no país. A opositora foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz em 1991.
Desde 1990, Suu Kyi passou a maior parte de seu tempo privada de liberdade por sua atividade de oposição à junta militar que governava o país. Sua relação com o poder mudou desde as eleições de novembro de 2010 e de sua libertação, uma semana depois.
A LND (Liga Nacional pela Democracia), cofundada pela ativista há mais de duas décadas e dissolvida em 2010 pela junta militar no poder, foi autorizada como partido político ao término de um longo processo.
Suu Kyi recebeu nesta semana a autorização do regime birmanês para se apresentar às eleições de abril, um fato sem precedentes para a “Dama” de Rangun, de 66 anos. A opositora “será candidata pela circunscrição de Kawhmuu”, perto de Rangun, confirmou o porta-voz da LND, Nyan Win.
(Com Agência France-Presse)