Suu Kyi pede ajuda para melhorar a vida dos birmaneses
Opositora foi o centro das atenções em fórum econômico realizado na Tailândia

A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, discursou para uma plateia lotada nesta sexta-feira em Bangcoc, durante o Fórum Econômico Mundial para a Ásia Oriental, e pediu ajuda internacional para melhorar a vida de seus compatriotas e consolidar o processo de reformas democráticas em Mianmar.
Festejada – Em sua primeira viagem ao exterior em 24 anos, a ex-prisioneira política, mantida em cativeiro por quinze anos pela Junta Militar de seu país, foi o centro das atenções no encontro e arrancou aplausos do público em várias ocasiões durante seu discurso na capital da Tailândia. “O que queremos é melhorar Mianmar, não beneficiar um indivíduo, grupo ou organização, e sim todos os povos, porque em Mianmar existem muitas nacionalidades”, afirmou a ativista, vestida com um traje tradicional birmanês.
A Nobel da Paz expressou sua preocupação com o futuro dos jovens desempregados de Mianmar, que, segundo ela, se perdem no álcool, nas drogas e no jogo. “Precisamos de educação básica, que permita um trabalho digno e para que os cidadãos possam pôr em prática as reformas do governo”, enfatizou.
Suu Kyi, que recentemente tomou posse de uma cadeira no Parlamento, se mostrou “cautelosamente otimista” com as reformas empreendidas em seu país. A ativista falou também da importância da reconciliação entre o estado e as minorias étnicas em conflito há décadas e pediu o fim da corrupção e a reforma do sistema judiciário de Mianmar.
Abertura – Para este fórum também foi convidado o presidente birmanês, Thein Sein, considerado o artífice da reforma política à qual a comunidade internacional respondeu com a suspensão parcial das sanções que pesavam sobre o país. No entanto, o Ministério de Relações Exteriores tailandês indicou que o presidente birmanês tinha suspendido sua participação no fórum e adiado sua visita à Tailândia para o próximo dia 4 de junho.
(Com Agência EFE)