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Suspeitos por 11/09 são formalmente acusados em Guantánamo

Por Da Redação
5 Maio 2012, 21h42

Os cinco suspeitos de serem responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001 foram formalmente acusados neste sábado pela morte das 2.976 vítimas dos ataques nos Estados Unidos.

Diante do tribunal militar na base americana de Guantánamo, o kwaitiano Khaled Sheik Mohammed, suposto cérebro dos atentados, o iemenita Ramzi ben al Chaiba, o paquistanês Ali Abd al Aziz Ali, e os sauditas Walid ben Attach e Mustafah al Hussawi foram acusados de “complô, ataque a civis, assassinato e violação das leis de guerra, destruição, sequestro, terrorismo”.

Caso forem considerados culpados, os cinco enfrentarão a pena de morte.

Durante a primeira audiência do julgamento, os acusados rejeitaram se declarar culpados ou inocentes pelas mortes das vítimas dos ataques de Nova York, Washington e Shanksville (Pensilvânia), e optaram por adiar sua decisão.

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Após mais de nove horas de sessão, quatro dos acusados rejeitaram a ata de acusação de 88 páginas que contém os nomes das 2.976 vítimas, enquanto Bin Attach pediu que fossem lidas todas as acusações contra ele.

Esse pedido poderia prolongar por duas ou três horas a audiência de domingo.

Os cinco acusados desafiaram o tribunal militar durante todo o dia em sua primeira aparição pública em mais de três anos.

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“Talvez vocês não nos verão mais”, gritou Binalshibh em um momento dramático da audiência na base americana do sudeste de Cuba, dizendo ao juiz James Pohl: “vocês vão me matar”.

Vestidos com roupas brancos, alguns usando turbantes brancos, os homens passaram a maior parte do tempo assistindo aos procedimentos em silêncio, recusando-se a responder às autoridades.

Binalshibh interrompeu a audiência por um momento para levantar e rezar, ajoelhando-se e se levantando alternadamente.

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Ele também gritou: “vocês vão nos matar e dizer que nós cometemos suicídio”.

Apenas um, bin Attash, foi algemado quando o grupo foi levado ao tribunal, e Pohl pediu que as algemas fossem removidas depois que ele garantiu que iria se “comportar apropriadamente”.

A audiência, uma das últimas etapas antes do chamado “julgamento do século” marca a segunda vez que os Estados Unidos tentam julgar suspeitos dos atentados de 11/09.

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Durante os procedimentos, os cinco homens mantiveram seus olhos no chão. Dois deles estavam lendo um livro que aparentava ser o Alcorão, enquanto também passavam uma cópia da revista The Economist entre eles.

“Os acusados se recusam a responder”, disse Pohl repetidas vezes, cada vez que um acusado se recusava a responder as questões.

Mohammed, chamado de KSM por suas iniciais, permaneceu calmo, com sua longa barba aparentando ter sido tingida com tinta vermelha.

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O advogado de Mohammed, David Nevin, disse que seu cliente, que três anos atrás confessou ter participado dos ataques, provavelmente não falaria na audiência porque está “profundamente preocupado com a imparcialidade do processo”.

O acusado também se recusou a usar fones para escutar a tradução simultânea dos procedimentos, que ocorrem em inglês.

A audiência ocorre um ano depois de o presidente Barack Obama ter ordenado a operação que matou o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden.

Os cinco homens foram mantidos por anos na base naval de Guantánamo enquanto uma batalha legal e política ocorria sobre como e onde eles seriam processados.

Mohammed foi preso em 2003 e passou três anos em uma prisão secreta da CIA onde foi submetido a duros interrogatórios, que incluíram prática de tortura, e confessou a série de ataques.

O julgamento ainda poderá durar anos, a menos que Mohammed se declare culpado e seja condenado à morte.

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