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Atentado em Paris é novo fator de decisão em eleição incerta

Um policial foi assassinado no atentado na Avenida Champs-Élysées, na quinta-feira, antes de o atirador ser morto por forças de segurança

Por Da redação
Atualizado em 21 abr 2017, 08h19 - Publicado em 21 abr 2017, 07h41

Um homem para o qual as autoridades da França haviam emitido um mandado de prisão, suspeito de ter relações com o atentado da quinta-feira, em Paris, se apresentou nesta sexta-feira em uma delegacia de polícia da Antuérpia, na Bélgica, informou o Ministério do Interior francês. As buscas começaram logo depois que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do ataque e o atribuiu a um de seus “combatentes”. O atentado aconteceu três dias antes da eleição presidencial francesa e pode influenciar o resultado pleito, que tem um alto número de indecisos apontado pelas pesquisas.

O porta-voz do Ministério, Pierre-Henry Brandet, citado pela emissora France Info, confirmou que se trata do homem apontado como suspeito pelo serviço secreto belga, depois do ataque na Avenida Champs-Élysées. Na noite de ontem, um policial foi assassinado e outros dois agentes ficaram feridos, antes que o autor dos disparos fosse morto pelas forças de segurança, em uma das avenidas mais famosas da capital francesa.

O atirador foi identificado pela imprensa local como Karim Cheurfi, de 39 anos, morador de Livry-Gargan, na periferia de Paris. O EI, porém, declarou que o terrorista se chamava Abu Yusuf al-Beljiki, ou “o belga”. A informação é contestada pelo  ministro do Interior da Bélgica, Khan Jambon, que afirmou nesta sexta-feira que “o criminoso morto ontem à noite era francês”.

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Brandet não quis confirmar a identidade do terrorista, para preservar as investigações que sendo realizadas em seu ambiente pessoal. No entanto, informou ele já tinha sido condenado a 15 anos de prisão em 2005 por ter baleado um policial após um acidente de trânsito, quatro anos antes. Dois dias depois, quando já estava preso, feriu gravemente um outro oficial, depois de levá-lo para fora de sua cela ao roubar sua arma. O terrorista foi detido novamente no dia 23 de fevereiro deste ano, mas foi colocado em liberdade por falta de provas.

Fontes judiciais disseram ainda à France Info que no carro utilizado pelo homem para chegar aos local do ataque foram encontrados um fuzil e armas brancas. Três familiares do autor do ataque passam por interrogatório hoje, segundo a BFMTV.

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Campanhas em pausa

O novo caso de terror da quinta-feira fez com os que candidatos à Presidência cancelassem eventos de campanha na reta final da corrida eleitoral. A candidata ultradireitista, Marine Le Pen, usou o caso para afirmar nesta sexta-feira que quer que o controle das fronteiras nacionais seja restabelecido imediatamente e atacar o “relaxamento penal” dos governos de esquerda e direita das últimas décadas. O atentado pode reforçar o discurso nacionalista e anti-imigração de Le Pen, que se opõe abertamente à existência de mesquitas islâmicas e ao respeito à religião muçulmana. O candidato da esquerda, Jean-Luc Mélenchon, porém, alertou que o pânico causado pelo atentado não deve “interromper a democracia”.

Pesquisas de opinião apontam um possível segundo turno entre Le Pen e o independente Emmanuel Macron, candidato de centro-direita. Antes mesmo do domingo, a eleição já sofreu reviravoltas por escândalos de corrupção e mudanças repentinas na liderança, por isso, só deve ser possível apontar um ganhador após a apuração.

 

(Com EFE)

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