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Suspeito de enviar carta letal a Obama era imitador de Elvis

Paul Curtis foi preso na quarta pelo FBI e processado formalmente nesta quinta

Por Da Redação
18 abr 2013, 14h12

Paul Kevin Curtis, preso na quarta-feira por envolvimento no envio de uma carta com veneno para o presidente Barack Obama e processado formalmente nesta quinta-feira, levava a vida trabalhando como imitador de Elvis Presley e outras celebridades no Mississippi, afirmou um primo à imprensa americana. Ele é também o principal suspeito de ter enviado outra carta, com a mesma substância letal, ao senador republicano Roger Wicker, menos de 24 horas antes.

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RICINA

A ricina é um veneno encontrado na mamona e que pode estar em forma de pó ou de pastilha, ou então ser dissolvido em água. Segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), órgão federal de saúde dos Estados Unidos, a ricina vem sendo usada em experimentos médicos como forma de matar as células cancerígenas. A não ser que uma pessoa tenha a intenção de expor a outra à ricina, ou que um indivíduo mastigue a mamona, é muito difícil entrar em contato com essa substância involuntariamente.

Não há, de acordo com o CDC, antídoto para a ricina. A única forma de tratar uma pessoa que entrou em contato com a substância é minimizar os efeitos do envenenamento.

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A exposição à ricina pode acontecer por meio da inalação, ingestão, injeção ou contato com a pele. Uma vez no corpo, essa substância entra nas células e impede que elas produzam as proteínas necessárias para funcionarem e viverem. Os sintomas do envenenamento por ricina variam de acordo com a forma de exposição ao composto, mas podem incluir dificuldade para respirar, febre, tosse, edema pulmonar, baixa pressão arterial, vômitos, diarreia, vermelhidão na pele e irritação nos olhos. A morte por envenenamento de ricina pode ocorrer dentro de 36 a 72 horas, dependendo da forma de contato e da quantidade da substância exposta.

Quando Curtis, de 45 anos, foi detido no seu apartamento, a família afirmou estar chocada com a situação. “Ninguém desconfiava que esse tipo de coisa passava pela cabeça dele”, disse o primo de Paul, Ricky Curtis. Ele afirmou ainda que Curtis tinha tido problemas com uma empresa que possuía e reclamava que o governo não ajudava como deveria.

Veneno – Exames realizados na correspondência de Obama apontaram a presença de ricina, substância altamente tóxica encontrada na mamona. A carta foi interceptada pelo serviço de triagem da Casa Branca, que fica fora do complexo presidencial. O conteúdo também foi enviado a um laboratório para ser analisado mais profundamente.

Na terça-feira, autoridades dos correios dos EUA também interceptaram a carta com ricina enviada ao senador Wicker, eleito pelo Mississippi. O veneno foi detectado durante uma inspeção de rotina em uma dependência externa do prédio do Congresso.

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Tensão – As cartas enviadas ao presidente e ao senador foram postadas em Memphis, no Tennessee, no dia 8 deste mês. Fontes policiais informaram que as cartas tinham como assinatura: “Eu sou KC e eu aprovo esta mensagem”.

O FBI informou que uma investigação sobre as correspondências não apontou nenhuma ligação com o atentado em Boston. De qualquer forma, as correspondências interceptadas aprofundam o clima de preocupação com segurança que voltou aos EUA depois do atentado.

Os novos incidentes com cartas e pacotes lembram os ataques com antraz realizados após os atentados contra as torres do World Trade Center e o Pentágono em 11 de setembro de 2001.

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