Suprema Corte dos EUA bloqueia plano de imigração de Obama
O projeto permitiria que 4 milhões de imigrantes ilegais no país entrassem em um programa que os protegessem da deportação através de licenças formais de trabalho

A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou nesta quinta-feira o projeto do presidente Barack Obama para barrar a deportação e prover autorização de trabalho para milhões de imigrantes ilegais no país. O resultado, no entanto, foi decidido em uma votação apertada, de 4 votos contra e 4 a favor, empate que inviabiliza a continuidade da medida. O placar empatado só aconteceu porque a nona vaga da Corte máxima americana, que era do juiz Antonin Scalia, falecido em fevereiro, ainda não foi preenchida.
A decisão não significa que o governo deverá deportar os imigrantes – muitos dos quais têm filhos nascidos nos Estados Unidos. O resultado, por outro lado, impede a tentativa do governo de normalizar a presença deles no país ao autorizar a procura por trabalho. Obama criticou a decisão da Corte, pois, segundo ele, a imigração não deve provocar medo. “Acho que é desolador para milhões de imigrantes que fizeram sua vida aqui, que criaram suas famílias aqui, e têm esperança na oportunidade de trabalhar, pagar seus impostos, servir nas Forças Armadas e contribuir para este país que todos amamos”, afirmou o presidente.
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O plano de Obama foi desenhado para permitir que cerca de 4 milhões de pessoas – aquelas que vivem ilegalmente nos EUA desde pelo menos 2010, não possuem antecedentes criminais e têm filhos que são cidadãos dos EUA ou residentes permanentes legais – entrem em um programa que as proteja da deportação e forneça licença de trabalho.
O projeto estava previsto para entrar em vigor em fevereiro e foi implantado por decreto presidencial, ou seja, sem a aprovação do Congresso ou do Senado americano. Porém, um dia antes de sua estreia, 26 Estados liderados pelo Texas entraram com um processo na Suprema Corte contra a medida. O resultado desta quinta-feira foi um duro golpe para o ambicioso plano, que permanecerá bloqueado e voltará ao Congresso para nova votação, ainda sem previsão, e que dificilmente será posto em prática durante o mandato do atual presidente democrata.





(Da redação)
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