Washington, 5 ago (EFE).- Jared Loughner, o jovem de 21 anos acusado de disparar em 2011 contra a congressista Gabrielle Giffords e matar seis pessoas, se declarará culpado e aceitará a sentença de prisão perpétua, informou neste domingo a imprensa americana.
A expectativa é que um dos psicólogos que examinou Loughner afirme na próxima audiência prevista para terça-feira no Tribunal de Distrito de Tucson, no Arizona, que o suspeito é mentalmente capaz para declarar-se culpado.
O caso havia sido suspenso indefinidamente em maio quando o juiz federal do Arizona determinou que Jared Loughner tinha incapacidade mental e não podia ser julgado.
Caso se determine que Loughner não pode recuperar sua capacidade mental para o julgamento, o juiz poderá desprezar as acusações e as autoridades estaduais e federais solicitarão que o acusado seja internado em alguma instituição sanitária.
O jornal ‘Los Angeles Times’ cita fontes ligadas ao caso que destacam que, apesar das mudanças detectadas na capacidade mental, o acusado é consciente das consequências de seus atos e conhece a gravidade das acusações.
Deste modo, Loughner, que desde sua detenção imediatamente após o tiroteio foi submetido a várias avaliações psicológicas, não seria condenado à morte, como a promotoria pediu inicialmente, e encararia a prisão perpétua.
Durante sua última audiência, Loughner teve que ser tirado temporariamente da sala ao gritar frases desconexas e outras aparentes incoerências.
Até agora, Loughner se declarou inocente das 49 acusações pelo tiroteio do último dia 8 de janeiro em Tucson, que deixou uma dezena de feridos, entre eles a congressista Gabrielle Giffords, e seis mortos, incluindo uma menina de nove anos e um juiz federal.
Giffords, que ficou ferida na cabeça durante o tiroteio que aconteceu em um evento com eleitores, continua em um programa de reabilitação em um hospital de Houston. EFE