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Suíça pede fim das especulações sobre tragédia com ônibus de estudantes

Por Da Redação
15 mar 2012, 17h59

Genebra, 15 mar (EFE).- As autoridades da Suíça pediram nesta quinta-feira o fim das especulações sobre as causas do acidente que na terça-feira custou a vida de 28 pessoas, entre elas 22 crianças, quando um ônibus de estudantes se chocou contra a parede de um túnel no sul do país.

O promotor do Cantão de Valais, Olivier Elsig, pediu respeito ao andamento da investigação e que não se tirem conclusões precipitadas sobre o que motivou a tragédia que causou uma profunda comoção na Suíça e na Bélgica, país de origem da maioria dos menores, que retornavam das férias em uma estação de esqui.

Elsig se referiu especialmente às informações publicadas em vários meios de comunicação belgas e suíços, segundo as quais as crianças sobreviventes teriam afirmado que o motorista estava trocando um DVD no aparelho do veículo exatamente antes do choque.

A polícia de Valais respondeu imediatamente que não havia elementos que permitissem sustentar esta hipótese e Elsig declarou à emissora pública de televisão ‘RTS’ que é algo pouco crível.

‘As crianças foram interrogadas e fizeram uma série de declarações que nos ajudarão a esclarecer a causa do acidente. Sobre um eventual DVD, duvido profundamente que esse elemento, se é que existe, tenha exercido um papel na tragédia’, completou.

O promotor anunciou também a conclusão do processo de identificação das 28 vítimas e acredita que possa entregar os corpos aos parentes ‘o mais rápido possível, previsivelmente amanhã mesmo’.

O governo da Bélgica pôs à disposição dos familiares três aviões militares, que usarão como base o aeroporto de Sion, próximo ao local do acidente, para a repatriação dos corpos.

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A polícia de Valais indicou que oito das 24 crianças feridas poderiam retornar a seus lares nas próximas horas, após receber alta dos hospitais que lhes atenderam.

Sobre a versão do DVD, a Toptours, empresa proprietária do ônibus, também excluiu esta possibilidade como razão do acidente e assegurou que as crianças não podiam ver o que o motorista estava fazendo.

Tom Cooremans, proprietário da empresa, disse que no modelo acidentado os passageiros não podem ver a cabine do motorista, que está a um nível abaixo dos assentos.

Por sua parte, Renato Kalberatten, porta-voz da polícia de Valais, assinalou à agência suíça ‘ATS’ que esta hipótese é uma ‘mera especulação’ e afirmou que uma primeira análise das imagens gravadas pelas câmeras do túnel não permite chegar à conclusão que o motorista estivesse manipulando alguma coisa.

O promotor Elsig também descartou na quarta-feira que o ônibus estivesse rápido demais, em um túnel no qual a velocidade máxima permitida é de 100 km/h, e insistiu que seguem abertas três linhas principais de investigação: problema técnico no veículo, problema de saúde do motorista ou falha humana.

Enquanto isso, o Escritório Federal de Estradas da Suíça (OFROU) anunciou hoje a criação de um grupo de trabalho que estudará as normas em vigor sobre a construção das saídas de emergência dos túneis para tentar melhorar a situação.

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O ônibus acidentado, que transportava 52 pessoas, se chocou contra uma das paredes em ângulo reto de uma das saídas de emergência do túnel da localidade de Sierre, na estrada A9, com tanta violência que a parte dianteira do veículo ficou praticamente destruída.

O diretor da OFROU, Michael Müller, declarou que em virtude da magnitude do acidente em Valais é lógico revisar as normas e avaliar o que pode ser melhorado para evitar acidentes no futuro.

Na Suíça é permitida atualmente a construção de saídas de emergência em túneis com ângulos retos, embora a lei estabeleça que devam conter proteções, algo que existia no túnel de Sierre, segundo Müller, mas que não serviu de nada porque o ônibus as derrubou com a força do impacto.

O túnel de Sierre foi visitado ao longo do dia pelos parentes das vítimas, que, acompanhados por psicólogos, deixaram arranjos de flores para lembrar seus entes queridos.

Os moradores da região se solidarizaram à dor das famílias depositando flores, acendendo velas em Sierre e Sion e participando de diversos atos religiosos. EFE

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