Suíça concede visto a Khodorkovski, ex-magnata russo
Ex-proprietário de petroleira Yukos está morando em hotel em Berlim
Mikhail Khodorkovski, o ex-magnata do petróleo russo libertado há dez dias após passar uma década na prisão, recebeu um visto da Suíça que permitirá a ele viajar por toda a Europa. O departamento de assuntos externos da Suíça informou nesta segunda-feira que Khodorkovski recebeu permissão para ele permanecer por até três meses na área do acordo de Schengen – que reúne um grupo de países europeus que não exige passaporte para viagens em seu interior.
Um comunicado publicado no site de Khodorkovski diz que ele está grato às “autoridades suíças pela rapidez e eficiência” com a qual trataram seu pedido de visto. E acrescentou que o ex-magnata e fundador da petrolífera Yukos está encantado com o fato de que poderá “respirar o ar da liberdade” na Suíça.
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O departamento de assuntos externos da Suíça disse que não fará comentários adicionais em consideração à segurança pessoal e privacidade de Khodorkovski, cujos dois filhos mais novos frequentam escolas no país. A data de partida de Khodorkovski para a Suíça não foi anunciada. Desde que foi solto, o ex-empresário está hospedado em Berlim, no luxuoso hotel Adlon.
Numa medida surpreendente, as autoridades russas libertaram Khodorkovski em 20 de dezembro após uma década numa colônia penal no norte da Rússia. O ex-empresário caiu em desgraça quando decidiu, no início da década passada, financiar a oposição ao recém eleito Putin. Para críticos da prisão, o encarceramento teve o objetivo de conter as ambições políticas de Khodorkovski. O empresário de 50 anos estava preso desde 2003 por uma série de acusações de evasão fiscal e fraudes financeiras. Ele cumpria pena na região de Chita, na Sibéria.
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A Yukos foi uma das maiores empresas do mundo e a maior da Rússia, com atuação nos setores de extração, transporte, refino e distribuição de petróleo. A empresa foi vendida para o grupo financeiro Baikal Financial, que posteriormente foi adquirido pela petrolífera Rosneft em 2007.
(Com agência Reuters)