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Sudão entregará ex-presidente ao TPI por crimes em Darfur

Omar al-Bashir é acusado de genocídio e infrações de guerra em conflito que deixou 300.000 pessoas mortas e deslocou milhões de outras

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h29 - Publicado em 11 fev 2020, 15h45

O Sudão entregará o ex-presidente Omar al-Bashir ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que o busca desde 2009 por acusações de genocídio e crimes de guerra durante o conflito em Darfur, afirmou nesta terça-feira, 11, uma autoridade sudanesa.

Preso em Cartum desde a sua destituição, em abril de 2019, Al-Bashir, 67 anos, é processado pelo TPI, com sede em Haia, por crimes cometidos em Darfur, durante um conflito sangrento que eclodiu em 2003 com insurgentes de minorias étnicas que se consideravam marginalizados.

O TPI processa outras três pessoas pelas mesmas acusações: o ex-ministro de Estado Ahmed Harun, o ex-ministro da Defesa Abdelrahim Mohamad Husein e o militar Ali Kosheib. “Os acusados pelo Tribunal Penal Internacional devem ir até lá”, disse Mohamed al Tayichi, membro do conselho soberano do Sudão.

Esta declaração foi feita depois que uma delegação do governo se reuniu com grupos rebeldes na capital do Sudão do Sul, Juba. A Justiça e a reconciliação em Darfur – onde 300.000 pessoas morreram e milhões de outras foram deslocadas desde o início do conflito, segundo a ONU – foram o foco das negociações, disse Mohamed al Tayichi.

A reunião culminou em um acordo para o estabelecimento de vários mecanismos de pacificação da região, segundo a mesma fonte. O conflito em Darfur estourou em 2003, quando rebeldes de minorias étnicas pegaram em armas contra o regime de Al-Bashir.

O ex-presidente chegou ao poder graças a um golpe de Estado em 1989. Em dezembro ele foi condenado por um tribunal de Cartum a dois anos de detenção por corrupção, depois de ter sido deposto em abril por um inesperado movimento de protesto nas ruas.

Al-Bashir, que governou o país durante trinta anos com mão de ferro, foi julgado por um tribunal especial e declarado culpado por “corrupção” e “posse ilegal de fundos estrangeiros”, concretamente da Arábia Saudita.

(Com AFP)

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