Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sudão do Sul declara que 100.000 pessoas sofrem de inanição

O país, que está em guerra civil desde 2013, sofre com secas e hiperinflação

Por Da redação
Atualizado em 20 fev 2017, 23h42 - Publicado em 20 fev 2017, 18h02

O governo do Sudão do Sul e a Organização das Nações Unidas declararam nesta segunda-feira que uma parte da população do país sofre de inanição, com 100.000 famélicos e milhões de pessoas precisando de assistência nutricional. “Nosso maior temor se concretizou. Muitas famílias esgotaram todos os meios que tinham para sobreviver”, disse Serge Tissot, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

A declaração formal de inanição por um país, registrada pela última vez em 2011 na Somália, onde mais de 250 milhões de pessoas morreram de fome, foi feita na capital Juba por autoridades e representantes de agências da ONU. A severa escassez de alimentos no Sudão do Sul ocorre em função de guerra civil e uma grave crise econômica.

O Sudão do Sul vive um conflito armado desde 2013, quando o presidente Salva Kii demitiu seu vice, acusando-o de planejar um golpe de Estado. Desde então, muitos fazendeiros ficaram impossibilitados de efetuar as colheiras em função da guerra civil. Por outro lado, a hiperinflação, que ultrapassou 800% no ano passado, causa o aumento no preço de alimentos importadas. 

A guerra também agravou os conflitos étnicos já existentes no país, levando a ONU a alertar sobre um possível genocídio. “A principal tragédia do relatório apresentado hoje (…) é que se trata de um problema provocado pelo homem”, denunciou Eugene Owusu, coordenador humanitário das Nações Unidas para o Sudão do Sul.

Continua após a publicidade

Partes do país também foram atingidas por secas. “Alguns condados estão classificados com escassez absoluta de alimentos ou em risco que isso aconteça”, disse Isaiah Chol Aruai, presidente do Escritório Nacional de Estatística do Sudão do Sul, durante entrevista coletiva.

A fome é oficialmente declarada em um país quando certos números de mortalidade, má nutrição e inanição são atingidos: menos de 20% das famílias de uma região enfrentam extrema escassez de alimentos, as taxas de desnutrição aguda ultrapassam 30% e a taxa de mortalidade excede duas pessoas por dia por cada 10.000 pessoas.

Continua após a publicidade

O acordo de paz assinado em agosto de 2015, que facilitou a formação de um governo de unidade, não foi cumprido devido aos combates que explodiram em Juba em julho do ano passado.

(Com agências AFP e Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.