
Cairo, 20 abr (EFE).- O Sudão do Sul anunciou nesta sexta-feira a retirada de suas forças da zona de Heglig dentro de três dias, depois que, em 10 de abril, a rica região petrolífera sob soberania sudanesa fosse tomada pelo país vizinho.
Um representante diplomático do Sudão do Sul no Cairo, Salah al Malih, disse à Agência Efe que a decisão pretende ‘abrir uma oportunidade de diálogo entre as duas partes’ e ressaltou que não significa uma renúncia da zona disputada entre Cartum e Juba.
Malih acrescentou que a medida é também uma resposta aos esforços internacionais de Egito, Etiópia, ONU e União Africana e demonstra ‘a boa intenção’ do Sudão do Sul para solucionar pacificamente os assuntos pendentes entre as partes.
A disputa por Heglig, que possui uma das maiores reservas de petróleo do Sudão, ganhou força na semana passada, quando o Exército do Sudão do Sul passou a controlar a região. O episódio levou Cartum a lançar contra-ofensivas para expulsar às forças do vizinho.
Para o Sudão do Sul, tanto Heglig quanto outras zonas fronteiriças são parte de seu território, portanto não quer renunciar os locais até o momento da demarcação de suas fronteiras com o Sudão. O tema ainda está pendente, pois as negociações foram rompidas por causa da escalada bélica.
Enquanto isso, Cartum classificou de ‘ocupação’ a invasão do Sudão do Sul à Heglig e insiste em recuperar a região. EFE