Strauss-Kahn volta a afirmar inocência em e-mail ao FMI
Ex-diretor-gerente diz que não queria que colegas dividissem seu 'pesadelo'
Dominique Strauss-Kahn, o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) que demitiu-se do cargo na semana passada devido às acusações de abuso sexual que enfrenta em Nova York, voltou a afirmar inocência em um e-mail enviado aos membros de Fundo e obtido com exclusividade pela rede americana CNN. No texto, ele diz sentir “uma profunda tristeza e frustração” por ter de anunciar sua decisão de deixar o emprego “sob tais circunstâncias”. E enfatizou: “Eu nego de todas as formas possíveis as acusações que agora enfrento”. Ele justificou a saída do fundo dizendo-se preocupado com os colegas. “Eu não poderia aceitar que o fundo – e vocês, meus queridos colegas – devessem compartilhar meu pesadelo pessoal. Por isso, eu tive que ir”, escreveu. DSK, como é conhecido, ainda afirma estar estar confiante de que será inocentado das acusações de ter atacado sexualmente uma camareira no hotel onde estava hospedado. Nesta segunda-feira, o FMI deve começar a aceitar nominações para substituí-lo. Strauss-Kahn, que era visto nas pesquisas de opinião mais recentes da França como pré-candidato com maiores chances de vencer a eleição presidencial de 2012 no país, foi preso em 14 de maio e depois indiciado por sete crimes sexuais contra a camareira do hotel Sofitel. Libertado sob fiança, ele está em prisão domiciliar em Nova York, no prédio Empire Building, que virou atração turística após sua chegada, no último sábado.