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Stormy: ‘Transa com Trump foi a menos impressionante de minha vida’

Estrela do cinema pornô recebeu 130.000 dólares para ficar calada sobre relacionamento sexual com o magnata em 2006

Por Da Redação
Atualizado em 18 set 2018, 22h48 - Publicado em 18 set 2018, 20h55

Na sua guerra judicial contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a atriz pornô Stormy Daniels disparou um ataque sem precedentes. Em seu livro de memórias, a ser lançado em 2 de outubro, a ex-parceira sexual de Trump afirma não ser ele talhado para o posto que ocupa. Mas vai além: descreve sua relação sexual com o magnata e diz ter ele um “pênis incomum”.

O jornal The Guardian obteve uma cópia do livro Full Disclosure (Divulgação Total, em tradução livre). Ela conta ter sido surpreendida, em 2016, quando Trump venceu as primárias do Partido Republicano. Na medida em que ele foi avançando na corrida presidencial, ela foi percebendo o quão perigosa poderia se tornar nos projetos do novo político. Anos antes, Stormy já havia sofrido ameaças para não revelar o caso que tiveram.

Stormy Daniels ou Stephanie Clifford, seu nome original, está no centro de um dos escândalos envolvendo Trump, que já ofuscou sua credibilidade política e poderá, eventualmente, lhe custar o mandato presidencial. O Ministério Público em Nova York investiga o pagamento de 130.000 dólares feito a Stormy por Michael Cohen, advogado pessoal de Trump, em 2016. Para os procuradores, tratou-se de uma operação de burla nas regras de financiamento de campanha eleitoral.

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O pagamento faria parte de um compromisso assinado pela atriz de manter-se calada sobre o relacionamento com Trump, em 2006. No mês passado, Cohen admitiu ter pago a Stormy e a outras mulheres diante da Corte Distrital de Manhattan, em Nova York, e também se declarou culpado por desrespeitar a lei de financiamento de campanha eleitoral e outros delitos. Neste mês, ele fechou um acordo de delação premiada.

Eca!

‘Full Disclosure’, autobiografia da atriz americana Stormy Daniels. (//Divulgação)

Na parte picante de sua narrativa,  Stormy conta como foi seu encontro com Trump durante um torneio de golfe em Lake Tahoe, na Califórnia, em 2006, quando ele já estava casado com Melania. A atriz chega a descrever as partes íntimas do presidente dos Estados Unidos.

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Stormy conta ter conhecido Trump quando cumprimentava jogadores de golfe. O guarda-costas do magnata a convidou para jantar, o que ela entendeu como um convite do próprio Trump. Do jantar, foram para a cama, onde disse ter tido “a transa menos impressionante” de sua vida. “Mas, claramente, ele não concorda comigo”, completou.

No livro, ela conta ser o pênis do presidente “menor do que a média”. Mas, “não assustadoramente pequeno”, acrescenta.

“Ele sabe que tem um pênis incomum. Tem uma imensa cabeça de cogumelo”, escreveu. “Eu me deitei lá, incomodada por estar transando com um cara com uns pelos púbicos de Abominável Homem das Neves e com um pau que parecia o personagem cogumelo do Mario Kart…”

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Stormy não deixa de mencionar que ficou “enojada consigo mesma” por ter se deixado levar pela promessa de Trump de levá-la ao programa de televisão O Aprendiz. A atriz conta que ele sugeriu algumas fraudes para alongar a presença dela no show. Mas nunca foi chamada. “Eu fiz sexo como aquilo, eu dizia para mim mesma. Eca!”, escreveu.

Segundo o Guardian, Daniels menciona no livro outro encontro com Trump, em 2007, em um quarto de hotel. Os dois assistiam a um programa na televisão sobre tubarões quando a então pré-candidata democrata Hillary Clinton telefonou.

“Ele teve uma conversa inteira sobre a disputa (presidencial), mencionando repetidamente o ‘nosso plano…’ Mesmo enquanto estava ao fone com Hillary, a atenção dele estava nos tubarões”, relatou.

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Stormy tentou vir a público antes e contar sua relação com Trump. Mas calculou que isso significaria contar a seu então marido e preparar a si mesma e a sua filha para os ataques que receberiam. Essa história já foi exposta por ela mesma à imprensa, inclusive sua versão de que teria sofrido ameaça de um homem, na garagem da academia de ginástica, em 2011. Ela atribui a ameaça a Trump, que diz ser essa versão “uma vigarice”.

O livro Full Disclosure será mais uma bomba contra Trump em menos de um mês. Mas a Casa Branca não se manifestou sobre o tema até o momento.

Em 11 de setembro, o prestigiado jornalista americano Bob Woodward publicou o livro Fear: Trump in the White House (Medo: Trump na Casa Branca, em tradução livre), no qual qualificou o presidente dos Estados Unidos como “um líder emocionalmente esgotado, raivoso e imprevisível”. O livro vendeu mais de 1 milhão de cópias.

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Resultado de centenas de horas de entrevistas com políticos e altos funcionários da Casa Branca, a obra relata situações inimagináveis, como o cuidado de colaboradores de Trump em roubar documentos de sua escrivaninha para evitar que ele os assinasse, em prejuízo do país.

Em artigo anônimo publicado dias depois pelo jornal The New York Times, um colaborador de Trump admitiu fazer ser parte de uma equipe de altos funcionários disposta a manter uma “resistência silenciosa” e a “frustrar partes da agenda e as piores inclinações” do presidente dos Estados Unidos.

Em outro livro recente, a ex-assessora Omarosa Manigault Newman, que trabalhou com Trump na Casa Branca e foi sua aprendiz no programa de televisão, descreveu o presidente americano como “extremamente racista”. Vários de seus relatos em Unhingued (“Desequilibrado”, em tradução livre do inglês) estão baseados em gravações que ela fez em segredo na Casa Branca.

Trump enfrenta uma investigação implacável conduzida pelo procurador especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia na campanha eleitoral de 2016, da qual saiu-se vitorioso. Chamado de Russiagate, o escândalo envolve pessoas bastante próximas ao presidente, como seu ex-chefe de campanha Paul Manafort, seu filho mais velho, Donald Trump Jr., e seu genro, Jared Kushner. Manafort e outros já foram condenados a penas de prisão por outras fraudes.

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