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Soldados são removidos da posse de Biden por ligação com extrema direita

Ao menos 12 membros da Guarda Nacional foram suspensos; FBI investiga militares para evitar colaboração com apoiadores de Donald Trump

Por Da Redação
19 jan 2021, 20h06

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse nesta terça-feira, 19, que removeu de suas funções 12 soldados da Guarda Nacional envolvidos na posse do presidente eleito Joe Biden. Pelo menos dois deles têm possíveis ligações com a extrema direita. A medida faz parte de uma investigação do FBI para evitar que militares colaborem em eventuais ataques planejados por apoiadores de Donald Trump.

Segundo o jornal americano The New York Times, os soldados ligados a movimentos extremistas de direita foram identificados por meio de comentários na redes sociais ou mensagens de texto inadequadas. Os outros dez foram suspensos por motivos não relacionados à invasão do Capitólio, evento violento que encurralou congressistas e levou a cinco mortes.

Só se sabe que esses dois membros da Guarda Nacional são de estados diferentes. Autoridades se recusaram a fornecer mais detalhes sobre a investigação.

O secretário de defesa interino, Christopher Miller, anunciou no domingo que o FBI ajudaria as Forças Armadas americanas a verificar os mais de 25.000 soldados da Guarda Nacional que estão protegendo o Capitólio, algumas áreas de Washington, D.C., e trabalharão durante os eventos da posse de Biden.

A Guarda Nacional patrulha o Capitólio, cercado por uma cerca de mais de 2 metros de altura, e ocupa os corredores do edifício desde a votação pelo impeachment na Câmara dos Deputados na semana passada, que acusou Trump de “incitar uma insurreição” pelo seu papel no encorajamento da invasão ao edifício. Ruas da zona do centro estão sendo totalmente fechadas, com grandes caminhões bloqueando o acesso.

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Na quarta-feira passada, o FBI alertou que outros “protestos armados” antes do dia da posse estavam sendo planejados em todas as 50 capitais estaduais. Segundo um consórcio de agências federais de inteligência, a invasão ao Capitólio será um “motor significativo de violência” para grupos de milícias armadas e extremistas que têm como alvo a posse presidencial.

A investigação sobre o ataque ao Congresso ainda está nos estágios iniciais, mas entre os 100 presos devido ao incidente, pelo menos seis têm ligações militares. Ashli ​​Babbitt, apoiadora de Trump baleada e morta ao tentar avançar por uma porta no Capitólio, era uma veterana da Força Aérea.

A análise dos seus soldados é uma nova urgência para o Pentágono, reporta o Times, devido ao histórico de minimização da ameaça do nacionalismo branco e do ativismo de direita. Além das verificações de antecedentes, procedimento padrão para conter ameaças internas que também foi feito na posse do presidente Trump, em 2017, o Departamento de Defesa aumentou o monitoramento de postagens dos soldados em redes sociais – onde Babbitt militava.

Esse problema vai cair no colo do general aposentado Lloyd Austin, prestes a tornar-se o primeiro secretário de Defesa negro dos Estados Unidos no diverso governo Biden. Legisladores provavelmente irão pressioná-lo sobre como ele planeja enfrentar o extremismo nas fileiras.

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