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Soldados congoleses fogem para Uganda após conflitos

Eles estão sob custódia do vizinho, que teme que sejam massacrados na volta

Por Da Redação
6 jul 2012, 12h02

Cerca de 600 soldados da República Democrática do Congo fugiram para Uganda depois de confrontos com os rebeldes que tomaram uma cidade da fronteira entre os países. Segundo militares ugandenses, as tropas em fuga foram desarmadas. Quando os rebeldes assumiram o controle do lado congolês da cidade de Bunagana, um pacificador indiano foi morto, acrescentaram as Nações Unidas.

O grupo rebelde M23, leal ao senhor da guerra Bosco Ntaganda – procurado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional -, foi fundado em abril. Seus membros desertaram do Exército depois que aumentou a pressão sobre o governo para prender Ntaganda, quando um de seus ex-colegas foi condenado pelo TPI por recrutar crianças-soldados.

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Fontes de segurança disseram à rede BBC em Uganda que os membros do M23 controlam 15 quilômetros da fronteira no sul do país. Um porta-voz do Exércitos de Uganda, o capitão Peter Mugisa, afirmou que os 600 soldados congoleses estão agora sob a custódia dos militares de Uganda. Mugisa teme que sejam massacrados pelos rebeldes caso retornem.

Mais de 200.000 congoleses fugiram de suas casas desde abril, e dezenas de milhares cruzaram a fronteira para Uganda e Ruanda. Um relatório recente da ONU acusa Ruanda de apoiar os rebeldes – Ntaganda é da etnia tutsi, como a maioria da liderança de Ruanda. No entanto, o país nega veementemente as acusações.

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Guerra – O leste da República Democrática do Congo, rico em minerais, enfrenta graves conflitos desde 1994, quando mais de 1 milhão de hutus ruandeses atravessaram a fronteira após o genocídio. Cerca de 800.000 pessoas, a maioria deles tutsis, foram assassinados pelo regime hutu.

Ruanda invadiu duas vezes o vizinho, com a desculpa de que tentava tomar medidas contra os rebeldes hutus baseados na República Democrática do Congo. Uganda também enviou tropas para o país durante a II Guerra do Congo, entre 1997 e 2003. A luta armada em curso é liderada por combatentes do ex-grupo rebelde CNDP, do general Ntaganda, que foi integrado no Exército nacional congolês em 2009 como parte de um acordo de paz.

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