Sobe para 45 o número de mortos em incêndio de boate em Bucareste
Incêndio foi motivado pelo uso de um artefato pirotécnico dentro do ambiente fechado. Tragédia culminou na saída do primeiro ministro do país
Subriu para 45 o número de mortos no incêndio que atingiu uma boate de Bucareste na semana passada. De acordo com o secretário de Estado de Interior, Raed Arafat, quatro pessoas morreram hoje por causa dos ferimentos sofridos no acidente.Entre os mortos está o baixista da banda de rock Goodbye to Gravity, que se apresentava no palco da boate quando o incêndio começou, no dia 30 de outubro. A morte do músivo se junta às dos dois guitarristas do grupo, enquanto os outros dois integrantes da banda continuam hospitalizados em estado crítico.
Arafat comentou que 18 feridos foram transportados ontem para Bélgica, Holanda e Áustria, enquanto outros 10 foram levados para Reino Unido e Noruega. O envio de vítimas a outros países é necessário porque a Romênia não dispõe de capacidade médica suficiente para tratar pessoas com queimaduras severas. Mais de cem feridos ainda estão internados, dos quais 44 estão em estado grave.
O presidente romeno, Klaus Iohannis, compareceu neste domingo à praça Universitária de Bucareste, onde cerca de 2.000 pessoas expressaram descontentamento com os políticos romenos. “Eu disse aos presentes que tenham confiança e que sigam engajados. Só juntos podemos fazer que a Romênia se transforme no país que todos desejamos”, afirmou o presidente em publicada em sua página da rede social Facebook.
Um artefato pirotécnico foi a causa do incêndio na casa noturna, que carecia de saídas de emergência e tinha utilizado materiais inflamáveis para o isolamento sonoro do ambiente. Os três proprietários do local, acusados de homicídio culposo, foram detidos na terça-feira passada depois que as autoridades comprovaram que não tinham autorização para organizar shows e espetáculos pirotécnicos. O primeiro-ministro, o social-democrata Victor Ponta, acusado de corrupção, apresentou sua renúncia na quarta-feira sob a pressão dos protestos.
(com agência EFE)