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Sobe para 420 número de mortos em terremoto e tsunami na Indonésia

A Agência de Gestão de Desastres de Indonésia anunciou que 540 pessoas ficaram feridas

Por AFP 29 set 2018, 23h19

Subiu para 420 o número de mortos em consequência do terremoto e tsunami que atingiram a ilha indonésia Célebes na última sexta-feira, informou a imprensa estatal. A Agência de Gestão de Desastres de Indonésia atualizou o balanço de vítimas fatais neste sábado e anunciou que 540 pessoas ficaram feridas.

“Enviamos milhares de pessoas, sobretudo do exército e da polícia”, afirmou neste sábado o porta-voz da agência, Sutopo Purwo Nugroho. Mais de 17.00 homens e mulheres foram retirados da região, número que deve aumentar nas próximas horas.

Muitas vítimas foram registradas em Palu, cidade de 350.000 habitantes na costa oeste de Célebes, informou Sutopo Purwo Nugroho, que pediu o envio de “funcionários, voluntários e material”. As imagens de Palu mostram vários corpos nas praias, alguns deles cobertos com lonas azuis. Os carros destruídos espalhados pela região mostram a violência com que a onda, de 1,5 metro de altura, atingiu a localidade.

Os socorristas tentavam chegar às zonas afastadas, enquanto a população tentava encontrar alimentos e abrigos. Muitos esperavam em fila para obter água potável ou comida. “Por favor, rezem por nós”, disse Risa Kusuma, uma mulher de 35 anos que está acampada em seu jardim desde o tremor.

A agência de gestão de desastres está preocupada com o paradeiro de centenas de pessoas que organizavam um festival em uma praia de Palu na sexta-feira à noite, pouco antes do tsunami. Os hospitais não conseguem atender o grande fluxo de feridos. Muitas pessoas recebiam atendimento na rua. Os moradores transportam de modo improvisado os cadáveres.

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Tragédia

O terremoto afetou fundamentalmente Palu e a região próxima de Donggala. “Em Palu, edifícios e casas foram destruídos, assim como hotéis e hospitais”, disse o porta-voz. “Acreditamos que dezenas ou centenas (de vítimas) ainda não foram encontradas entre os escombros”, completou.

“A Cruz Vermelha indonésia acelera os esforços para ajudar os sobreviventes, mas não sabemos o que encontrarão”, disse Jan Gelfand, membro da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em Jacarta. O forte tremor foi sentido a centenas de quilômetros de distância e as autoridades receberam poucas notícias sobre vítimas em Donggala, uma região ao norte de Palu.

“Não sabemos nada sobre Donggala e isto é muito preocupante”, afirmou Gelfand. “Nesta área vivem mais de 300.000 pessoas. Isto já é uma tragédia, mas pode ficar muito pior”, completou.

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De acordo com o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terremoto de sexta-feira atingiu 7,5 graus de magnitude e foi mais forte que a série de tremores que deixaram mais de 500 mortos e 1.500 feridos este ano na ilha indonésia de Lombok, na região de Bali.

O pânico levou os habitantes a fugir para os pontos mais elevados da cidade, segundo imagens das televisões locais. Um vídeo mostra uma onda atingindo vários edifícios e inundando uma mesquita. “Comecei a correr quando via as ondas que chegavam à costa”, explicou Rusidanto, morador de Palu, que como muitos indonésios tem apenas um nome.

Imagens difundidas pelos meios de comunicação mostram a queda de um andar em um shopping de Palu, prédios parcialmente destruídos e rachaduras em estradas e calçadas. A cidade estava parcialmente sem energia elétrica.

O aeroporto e várias estradas foram fechados. Alguns aviões enviados pelo governo, porém, conseguiram aterrissar. O presidente indonésio, Joko Widobo, anunciou que tinha pedido às Forças Armadas que participassem das operações de resgate.

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O epicentro do terremoto foi situado 78 km ao norte de Palu e o tremor foi sentido até o sul, onde está Macasar, capital da ilha. A terra também tremeu na vizinha Kalimantan e em Samarinda, do outro lado do estreito de Macasar.

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