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Sob risco de segundo tsunami, Indonésia aumenta nível de alerta

Vulcão continua expelindo nuvens de cinzas, com possibilidade "elevada" de gerar novas ondas letais; autoridades recomendaram que voos evitem a região

Por AFP Atualizado em 27 dez 2018, 09h00 - Publicado em 27 dez 2018, 08h59

O governo da Indonésia elevou, nesta quinta-feira 27, o nível de alerta para o vulcão que provocou um tsunami no Estreito de Sunda, cuja atividade pode, segundo os cientistas, gerar uma nova onda letal. As autoridades aumentaram o nível de alerta para “elevado”, ou seja, o segundo grau mais importante. A aviação civil recomendou que todos os voos evitem a região.

Medidas também determinam a ampliação para cinco quilômetros do raio da zona proibida ao redor do vulcão Anak Krakatoa, o “filho” do lendário Krakatoa. Os habitantes receberam ordens para que permaneçam afastados do litoral, após o tsunami que atingiu as costas do estreito, entre as ilhas de Sumatra e Java.

De acordo com os cientistas, a catástrofe de sábado foi provocada por uma erupção moderada do Anak Krakatoa, que gerou uma avalanche submarina de parte do vulcão e o deslocamento de grandes massas de água. O balanço mais recente da tragédia registra 430 mortos, 1.495 feridos e 159 desaparecidos.

Anak Krakatoa, um dos 127 vulcões ativos da Indonésia, é uma pequena ilha vulcânica que surgiu no oceano meio século depois da letal erupção do vulcão Krakatoa em 1883. Naquela ocasião, uma coluna de cinzas, pedras e fumaça foi expelida a mais de 20 km de altura, o que deixou a região no escuro e provocou um grande tsunami, com repercussões em todo mundo. A catástrofe deixou mais de 36.000 mortos.

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Nesta quinta-feira, o Anak continuava expelindo nuvens de cinzas, o que aumenta o risco para os barcos nas imediações. “Há um risco maior de erupção”, afirmou o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Catástrofes, Sutopo Purwo Nugroho. “As pessoas (perto do vulcão) podem ser atingidas por pedras, por fluxos piroclásticos e cinzas espessas”, completou.

“Aumentamos o nível de alerta após uma mudança nas características da erupção”, declarou um dos diretores do Observatório do Krakatoa, Kus Hendratno. Os fluxos piroclásticos não representam um risco imediato para as cidades da região porque o vulcão fica em uma ilha no meio do estreito e afastada dos centros habitados. Mas a mudança no nível de alerta aumentou os temores dos habitantes, já assustados com a ideia de retornar para suas casas.

“Rezem por nós para que tudo fique bem”, afirmou Sukma, agente de segurança no Mutiara Carita Cottages, onde todos os edifícios foram destruídos. “Isso me preocupa”, declarou Ugi Sugiarti, cozinheiro do hotel Augusta, de Carita, uma das cidades mais afetadas pelo tsunami.

Sugiarti e outras 22.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas após o tsunami e permanecem em refúgios de emergência.

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As autoridades alertaram que o vento espalha as cinzas e a areia até as localidades de Cilegon e Seran, na ilha de Java, e fizeram um apelo para que os moradores usem máscaras fora de casa. As chuvas torrenciais provocaram inundações em alguns pontos, o que dificulta os trabalhos das equipes de emergência.

Os médicos também advertiram para a falta de medicamentos e de água potável, o que gera o risco de uma crise sanitária.

A Indonésia, uma das áreas mais propensas a sofrer catástrofes no planeta, fica no Círculo de Fogo do Pacífico, onde se encontram placas tectônicas e que registra grande parte das erupções vulcânicas e terremotos do planeta.

Em 26 de dezembro de 2004, um tsunami provocado por um terremoto no fundo do mar de 9,3 graus de magnitude, na costa de Sumatra, Indonésia, provocou a morte de 220.000 pessoas em vários países do Oceano Índico, 168.000 delas na Indonésia.

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