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Sob pressão, Theresa May corre para conseguir apoio a acordo do Brexit

Após duas derrotas consecutivas, primeira-ministra precisa que 75 parlamentares mudem de lado

Por Da Redação 17 mar 2019, 14h14

O governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, trabalha neste domingo, 17, para conseguir apoio no Parlamento a seu acordo do Brexit, numa terceira tentativa de aprovação, enquanto distribui ameaças e promessas aos indecisos e tenta evitar qualquer medida para derrubá-la. May precisa que 75 parlamentares mudem de lado, após perder por 230 votos em janeiro e depois por 149 em 12 março.

Ainda que o Parlamento tenha aprovado um adiamento do Brexit, May tem apenas três dias para conseguir o apoio necessário a seu acordo para deixar a União Europeia, se quiser levar algo a oferecer em troca de mais tempo na próxima reunião que terá com líderes do bloco, marcada para quinta-feira.

Quase três anos após o Reino Unido aprovar em referendo a saída da UE, ainda não está claro ao país como e quando isso irá ocorrer, com vários cenários à frente, que vão desde uma saída sem acordo a uma reversão total do Brexit.

O ministro das Finanças, Philip Hammond, disse que ainda não há apoio suficiente. “Uma parte significativa de colegas tem mudado de opinião sobre isso e decidiram que as alternativas são tão intragáveis para eles, que, ao refletirem, consideram o acordo da primeira-ministra a melhor maneira de efetivar o Brexit”, disse ele no programa de Andrew Marr na BBC.

No próprio partido Conservador de May, muitos apoiadores do Brexit dizem que a concordância do Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte (DUP), um dos suportes do governo da premiê, é um ponto central para que também votem a favor.

A vinda dos 10 parlamentares do DUP pode converter uma grande parte dos Conservadores pró-Brexit, creem vários parlamentares, mas mesmo assim ela ainda precisaria captar alguns parlamentares do partido Trabalhista.

Trabalhistas

O líder trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, sinalizou que deve apoiar uma proposta para a realização de uma votação pública sobre o acordo do Brexit fechado pela primeira-ministra Theresa May com a União Europeia, caso o texto seja aprovado pelo Parlamento.

Corbyn, que tem sido relutante em realizar um segundo referendo sobre a adesão do Reino Unido à União Europeia, há muito tempo tem dito que agirá para impedir o que ele chama de “Brexit conservador”. No domingo, ele disse que os trabalhistas provavelmente apoiarão uma proposta redigida por dois parlamentares do partido para a convocação de uma “eleição de confirmação”.

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“Sim, nós estaremos apoiando isso, mas obviamente temos que ver o texto”, disse ele à Sky News, acrescentando que o Partido Trabalhista não apoiará o acordo de May, que já foi derrotado duas vezes no Parlamento. Corbyn tem estado sob pressão de membros de seu partido para apoiar um segundo referendo, ou o Voto do Povo, sobre a adesão do Reino Unido à UE, mas teme afastar os eleitores trabalhistas que apoiaram o Brexit.

Espera-se que May realize outra votação sobre seu acordo para deixar a UE nesta semana, mas dois de seus ministros indicaram também neste domingo que o governo conservador só o fará se obtiver garantias de apoio para aprová-lo.

(Com Reuters)

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