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Sob pressão, premiê do Iraque aceita entregar o cargo

Nouri al Maliki também aceitou apoiar sucessor designado pelo presidente

Por Da Redação
14 ago 2014, 17h52

O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al Maliki, anunciou em um discurso nesta quinta-feira à tarde que desistiu de recorrer à Justiça e vai entregar o cargo. Embora isolado politicamente, Maliki tentava se agarrar ao posto e chegou a denunciar publicamente a indicação de Haidar al Abadi para substituí-lo. Agora, anunciou que vai apoiar seu sucessor, escolhido na segunda-feira pelo presidente iraquiano, Fouad Massoum.

Maliki vinha resistindo à pressão tanto interna – dos líderes das comunidades sunita, curda e até mesmo xiita – como externa, por parte dos EUA, que há tempos perderam a confiança em seu antigo aliado. Quatro deputados xiitas disseram à agência de notícias Associated Press que Maliki decidiu concordar com a nomeação de Haidar al Abadi após uma reunião com membros do seu partido, o Dawa.

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Há oito anos no poder, Maliki foi acusado de isolar a minoria sunita e contribuir para o sectarismo que tomou conta do Iraque, que no momento sofre com uma violenta ofensiva de jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).

Apoio – Já Al Abadi recebeu o aval tanto dos Estados Unidos quanto do Irã e se comprometeu a formar um governo de união. Na segunda-feira, ao respaldar Abadi, Obama destacou que “o Iraque tomou uma decisão promissora e importante para formar um novo governo”. O presidente disse que o seu vice, Joe Biden, foi orientado a telefonar para Abadi na segunda-feira, a fim de parabenizá-lo pela indicação ao cargo. Biden instou o novo premiê a agir rapidamente na escolha dos políticos que integrarão seu gabinete. “Eu dei o meu apoio a ele”, disse Obama. Sem citar o nome de Maliki, o mandatário americano encerrou o discurso cobrando das demais forças políticas iraquianas uma postura unificada e pacífica, voltada exclusivamente para a estabilização do novo governo.

A aliança de partidos xiitas de Maliki saiu vitoriosa nas eleições parlamentares realizadas em abril deste ano. O bloco Estado de Direito conseguiu 92 assentos de um total de 328 na Câmara dos Deputados, mas, como não obteve a maioria, Maliki precisava de alianças para formar um governo. O avanço do EI pelo território iraquiano foi um dos fatores determinantes para minar as suas chances de conseguir um terceiro mandato.

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