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Sob pressão, Equador anuncia destino de Assange hoje

Chanceler do país acusou o governo britânico de ameaçar invadir sua embaixada caso o fundador do Wikileaks não seja entregue às autoridades

Por Da Redação
16 ago 2012, 03h57

A longa luta de Julian Assange contra a extradição terá um capítulo decisivo na manhã desta quinta-feira, quando o governo do Equador vai anunciar às 9h da manhã de Brasília sua decisão sobre o pedido de asilo político feito pelo fundador do Wikileaks. A informação veio do minsitro das relações exteriores do país sul-americano, Ricardo Patiño, que concedeu uma entrevista coletiva em Quito na quarta-feira. Na ocasião, o diplomata acusou a Grã-Bretanha de ameaçar invadir a embaixada para prender o empresário australiano.

Entenda o caso

  1. • Julian Assange é acusado de agressão sexual por duas mulheres da Suécia, mas nega os crimes, diz que as relações foram consensuais e que é vítima de perseguição.
  2. • Ele foi detido em 7 de dezembro de 2010, pouco depois que o site Wikileaks, do qual é o proprietário, divulgou milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana que revelam métodos e práticas questionáveis de muitos governos – causando constrangimentos aos EUA.
  3. • O australiano estava em prisão domiciliar na Grã-Bretanha, até que em maio de 2012 a Justiça determinou sua extradição à Suécia; desde então, ele busca meios jurídicos para ter o caso reavaliado, com medo de que Estocolmo o envie aos EUA.

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Assange está refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho, quando perdeu uma batalha legal na Grã-Bretanha, que deu sinal verde para sua extradição à Suécia, onde ele enfrenta denúncias de agressão sexual. Assange nega as acusações e afirma que é perseguido por motivos políticos. Seu maior temor é uma eventual extradição para os Estados Unidos, onde enfrentaria acusações que poderiam levá-lo à pena de morte. O ciberativista provocou a ira dos EUA quando divulgou e-mails secretos do exército americano em 2010.

Crise diplomática – No mais recente episódio da disputa diplomática envolvendo Assange, o chanceler equatoriano afirmou que os britânicos pretendem invadir a embaixada caso a decisão seja favorável ao fundador do Wikileaks. “Hoje recebemos por parte da Grã-Bretanha uma ameaça expressa e por escrito de que poderão invadir nossa embaixada em Londres caso o Equador não entregue Julian Assange”, relatou Patiño, visivelmente irritado. “Nós não somos uma colônia britânica”, decretou ele, acrescentando que a entrada não autorizada no local seria uma violação de tratados internacionais. Em tom de ameaça, o diplomata disse que a invasão seria um “ato hostil” da Grã-Bretanha contra a soberania do Equador.

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Em resposta às acusações de Patiño, um porta-voz do Foreign Office, órgão do governo britânico responsável pelas relações exteriores, afirmou que a Grã-Bretanha apenas “esclareceu” ao Equador a sua posição em relação às leis internacionais. As autoridades britânicas defendem que uma lei de 1987 dá base legal para uma ação que busque prender Assange dentro das dependências da embaixada. Apesar da tensão, o porta-voz ressaltou: “Ainda estamos comprometidos em buscar uma solução aceitável para todos”.

Nas últimas horas, o número de policiais em volta da embaixada do Equador em Londres aumentou bastante, assim como o número de manifestantes, que carregam cartazes pedindo a libertação de Julian Assange.

(Com agências France-Presse e EFE)

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