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“Só sobre meu cadáver”: povo indígena quer barrar muro nos EUA

Um dos principais líderes da tribo Tohono O’odlham afirmou que o muro só será erguido “por cima do meu cadáver”

Por Da redação
27 jan 2017, 18h17

O projeto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de construir um muro ao longo da fronteira com o México encontra forte resistência não só entre os mexicanos, mas também em território americano. No Estado do Arizona, onde uma tribo indígena reconhecida federalmente deve impor um indigesto obstáculo à obra prometida pelo republicano.

Ocupando um parque que ocupa 120 quilômetros de fronteira EUA-México, a tribo indígena Tohono O’odlham Nation criticou a Casa Branca pela assinatura do decreto destinando a verba para a construção do muro em suas terras sem consultar seus membros.

Um dos principais líderes da Tohono O’odlham afirmou que o muro só será erguido “por cima do meu cadáver”, e pediu uma audiência com o presidente Trump. A tribo, que possui cerca de 28.000 membros e controla uma reserva indígena de 2.800 acres que inclui território mexicano e americano, alega que a patrulha de fronteira dos Estados Unidos interfere há décadas no convívio entre as comunidades tribais na reserva.

Para a tribo, a construção do muro trará resultados desastrosos, reportou o jornal The Guardian. “[O muro] vai afetar nossas terras sagrado. Vai afetar o meio ambiente. Temos vida selvagem e os animais têm seu próprio padrão de migração”, diz Bradley Moreno, membro da tribo de 35 anos, que afirma já ter sido abordado por agentes da fronteira americana dezenas de vezes. “Tem tanta coisa errada nessa história. Todo o conceito por trás dessa construção é racista.”

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Após assinar o decreto da construção do muro, Donald Trump afirmou que a obra deve começar “em meses”. A questão aumentou a tensão entre os presidentes dos EUA e do México, com o mandatário Enrique Peña Nieto cancelando uma viagem para Washington, onde se reuniria com o republicano.

Oleoduto x povos indígenas

Na terça-feira, o líder dos EUA assinou outro polêmico decreto, que retoma a construção do oleoduto Dakota Access, um projeto que afeta a vida de populações indígenas do país.

Durante o governo de Barack Obama, grupos indígenas e associações de apoio organizaram uma resistência obstinada ao projeto, com uma intensa mobilização que incluiu celebridades do cinema, e conseguiram barrar a obra.

Milhares de pessoas chegaram a acampar no gelado território aberto de Dakota do Norte, em pleno inverno, para bloquear o projeto. A tribo Sioux teme que a construção do oleoduto em seu território provoque a poluição das águas do rio Missouri e a destruição de áreas que consideram sagradas.

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