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Snowden força mudança de rota de avião de Morales

Ministro boliviano afirma que França e Portugal fecharam espaço aéreo para avião presidencial por acreditar que delator americano estava a bordo

Por Da Redação
2 jul 2013, 20h42

A rota do avião presidencial do boliviano Evo Morales foi desviada para a Áustria depois que França e Portugal impediram que a aeronave cruzasse seu espaço aéreo. Tudo pela suspeita de que o ex-técnico da CIA Edward Snowden estaria a bordo. A informação foi divulgada pelo ministro de Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, que negou que Snowden estivesse na aeronave. “Não sabemos quem inventou essa mentira, mas queremos denunciar à comunidade internacional essa injustiça contra o avião do presidente Evo Morales”.

O ministro disse ainda que França e Portugal “foram usados” pelos Estados Unidos para danificar a imagem do governo boliviano, segundo o jornal boliviano La Razón. “Queremos denunciar uma ação abusiva, que atentou contra a vida do presidente constitucional da Bolívia mediante um ato de amedrontamento propiciado pelo Departamento de Estado americano, para o qual foram utilizados alguns governos da Europa”.

O presidente boliviano viajou a Moscou para participar de um encontro sobre energia. O ex-técnico da CIA, que também prestou serviços para a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, também está na capital russa. Desde o último dia 23, o americano está em uma área de trânsito do aeroporto de Sheremetyevo, impedido de sair, porque seu passaporte foi cancelado pelos EUA. Ele é acusado de espionagem, depois de admitir ter vazado informações sobre programas secretos de vigilância americanos para a imprensa. No aeroporto de Viena, Morales também negou que o americano estivesse a bordo do avião presidencial. “Jamais o vimos [em Moscou] e ‘para nada’ Snowden foi tema de conversas com as autoridades russas”, disse à agência EFE.

Snowden apresentou pedidos de asilo político a vinte países, incluindo o Brasil, que não pretende responder ao apelo. A Bolívia também recebeu a solicitação e Morales disse que seu país está disposto a “proteger o denunciado”. “Se houve uma solicitação, é claro que estaríamos dispostos a discutir e considerar a ideia”, disse o boliviano em entrevista à emissora russa RT. “Eu sei que os impérios têm uma rede de espionagem e são contra os chamados países em desenvolvimento. E, em particular, contra aqueles que são ricos em recursos naturais. A Bolívia, assim como a Venezuela e o Equador, estão expostos a vigilância constante do império americano”, acusou. O presidente venezuelano Nicolás Maduro já afirmou que consideraria um pedido de asilo apresentado por Snowden. Assim como Morales, ele também foi a Moscou para participar de um encontro sobre energia.

Em Washington, o Departamento de Estado reafirmou que espera que Snowden volte aos Estados Unidos para responder às acusações. A porta-voz Jen Psaki afirmou que a decisão de suspender o passaporte do ex-técnico da CIA é um procedimento normal quando um cidadão americano tenta fugir. Snowden deixou o emprego em uma base da Agência de Segurança Nacional no Havaí e foi para Hong Kong em meados de maio, antes que as informações sobre o programa do governo viessem à tona. Os documentos apresentados pelo homem de 30 anos à imprensa demonstraram que a administração Obama tem acesso à comunicação de milhares de usuários de nove gigantes da internet.

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