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Site ligado às Farc diz que nota sobre desarmamento é falsa

Comunicado em que a guerrilha aceitava a desmobilização seria obra de hacker

Por Da Redação
2 jun 2012, 11h55

Um site ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmou neste sábado que foi invadido por um hacker, responsável por postar um falso comunicado da guerrilha segundo o qual os rebeldes aceitariam o desarmamento, a desmobilização e dariam sinal verde ao acordo jurídico para a paz estudado pelo Congresso do país. “Quem tem recursos para pagar ‘hackers’ e tentar dar legitimidade a uma lei feita para proteger terroristas de estado?”, questiona o radiocafestereo.nu, site que divulgou na sexta-feira o texto. “Um comunicado em nome das Farc-EP foi colocado em nossa página, e não temos clareza de sua procedência”, disse o portal.

Ainda segundo o site, o “marco jurídico para a paz” que atualmente é debatido pelo Congresso colombiano “visa tirar da prisão militares e outros personagens condenados por massacres e outros crimes contra o povo colombiano”. A página, hospedada fora do país, explicou que as senhas da administração do site foram mudadas, tornando impossível a correção rápida desta informação. Ela também anunciou que investiga a invasão que pôs no ar a cópia de segurança da página de dois dias atrás. “Por enquanto tudo parece corrigido”, diz.

A nota segundo a qual a guerrilha falava pela primeira vez em largar as armas provocou tamanha repercussão na Colômbia que o próprio presidente Juan Manuel Santos anunciou que o governo investigaria sua autenticidade. “Se for autêntica, daremos as boas-vindas a esta atitude, mas novamente o povo colombiano, pela experiência que tem, é cético. Somos como São Tomé para crermos, precisamos colocar o dedo na ferida”, afirmou Santos. “As palavras, por mais bonitas que sejam, não são suficientes. Queremos ações. Se houver ações, haverá paz”, acrescentou.

Santos respondeu ao comunicado divulgado na sexta-feira no site Cafe Stereo, que indicava que as Farc aceitavam o marco jurídico para a paz e pela primeira vez anunciavam que estavam dispostas a deixar as armas e a se desmobilizar: “Para os inimigos do povo, que sempre acharam que a guerrilha nunca se submeteria à entrega das armas e à desmobilização, esta é a oportunidade para lhes dizer que com o marco jurídico para a paz vemos uma janela aberta para que isso ocorra”, disse ele.

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Habitualmente, a guerrilha colombiana divulga seus comunicados e entrevistas em sua página oficial (www.farc-ep.co). Também costuma fazê-lo na página da chamada Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol). O comunicado das Farc, uma carta dessa guerrilha ao presidente da França, François Hollande, e a libertação do repórter francês Roméo Langlois aconteceram em meio à reta final da discussão do Congresso sobre o acordo jurídico para a paz – uma proposta governamental que busca ferramentas jurídicas para desenvolver um futuro diálogo com as guerrilhas e firmar as bases para a negociação de uma saída política ao conflito armado que afeta a Colômbia há quase 50 anos.

(Com agência EFE)

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