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Sírios fazem demonstração em apoio aos soldados desertores

Por Da Redação
13 jan 2012, 19h22

Milhares de sírios protestaram nesta sexta-feira em todo o país para demonstrar seu apoio aos militares desertores e expressar seu ódio pelo regime, apesar da repressão implacável fazer mais dez mortos.

As forças de segurança mataram, nesta sexta-feira dez pessoas: cinco em Homs (centro), duas em Damir (perto de Damasco), outra em Kefer Nebel (noroeste), uma na região de Alepo (norte) e um adolescente de 17 anos em Hama (centro), segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH, oposição).

A Rússia, aliada do regime de Bashar al-Assad, adotou uma postura mais dura em relação ao Ocidente, rejeitando qualquer ação contra seu poder.

Na região de Idleb (noroeste), cerca de 20 mil manifestantes exigiram a queda do regime e o mesmo fizeram outros 15.000 manifestantes em Duma, perto de Damasco, onde “houve enfrentamentos pela manhã entre agentes de segurança e desertores”, segundo o OSDH.

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Milhares de outras saíram às ruas de Palmira, província de Homs, onde dois civis ficaram feridos por um tiro de foguete, informou o OSDH.

Em Deir Ezzor (leste), Deraa (sul) e na periferia de Damasco, as forças de segurança atiraram para dispersar manifestantes, segundo o OSDH e os Comitês Locais de Coordenação (LCC).

Ontem, Riad al-Assaad, chefe do Exército Sírio Livre, e Burhan Ghalioun, líder do Conselho Nacional Sírio (CNS, oposição), se reuniram para organizar uma ação conjunta.

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Várias outras manifestações foram organizadas em homenagem ao jornalista francês Gilles Jacquier, morto na quarta-feira em Homs, enquanto fazia uma reportagem.

Jacquier foi o primeiro jornalista ocidental assassinado na Síria desde o início da revolta popular, em meados de março. Nenhuma testemunha soube informar se a granada que matou o jornalista foi lançada por um rebelde ou pelo exército.

O Ministério Público de Paris abriu uma investigação, enquanto a presidência francesa suspeita de “uma manipulação” por parte das autoridades sírias, segundo o jornal Le Figaro.

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Esta sexta-feira será mais um dia de teste para os observadores árabes, criticados por sua incapacidade de acabar com o derramamento de sangue na Síria.

O líder desta missão da Liga Árabe, Adnane Khodeir, declarou que “equipes suplementares de observadores, recém-chegadas na Síria, serão enviadas para missões nos próximos dias” munidas “de equipamentos”.

A violência continua na Síria, apesar da presença desde 26 de dezembro de observadores árabes encarregados de supervisionar a aplicação de um plano de saída para a crise. Nas próximas 48 horas chegarão mais observadores, anunciou a Liga Árabe.

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A missão de observadores já perdeu dois membros que se retiraram por razões “pessoas ou médicas”, segundo a Liga Árabe. Um dos dois, o argelino Anuar Malek, afirmou que renunciou para protestar contra “os crimes em série” do regime.

Opositores sírios julgaram a missão “decepcionante”, temendo que seu fracasso abra caminho para uma ingerência estrangeira. Um novo relatório sobre a missão é esperado para o dia 19 de janeiro.

No campo diplomático, o premier britânico, David Cameron, disse estar disposto a “submeter uma nova resolução” ao Conselho de Segurança da ONU para condenar a repressão, a qual se basearia no “que diz e faz a Liga Árabe”.

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Em Moscou, o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Guennadi Gatilov, criticou as alterações ocidentais ao projeto de resolução russo na ONU sobre a Síria.

Em dois discursos no início desta semana, Assad prometeu acabar com a rebelião e citou mais uma vez uma teoria da conspiração internacional.

De acordo com a ONU, mais de 5 mil pessoas morreram na repressão em 10 meses, e mais de 400 desde o início da missão árabe na Síria.

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