Viena, 5 mar (EFE).- A Síria pediu que Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) compreenda a difícil situação local para justificar a falta de avanço e cooperação para esclarecer questões sobre possíveis atividades nucleares no país.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo diretor-geral da AIEA, o japonês Yukiya Amano, em discurso perante o Conselho de Governadores do organismo, ao qual explicou que recebeu uma carta de Damasco em 20 de fevereiro.
O comunicado diz que o governo do país árabe ‘solicita compreensão pela situação delicada que a Síria está passando’, mas se compromete a ‘seguir cooperando com o organismo para resolver questões pendentes’.
Em junho passado, o Conselho denunciou a Síria no Conselho de Segurança da ONU por ter construído em segredo um possível reator nuclear, que foi bombardeado por Israel em 2007.
Além disso, o órgão executivo da AIEA criticou a Síria por não ter cooperado o suficiente para esclarecer outras dúvidas.
Israel atacou a usina de Al Kibar em setembro de 2007, um incidente que só foi denunciado pela Síria semanas depois do ocorrido.
Amano disse que a AIEA deseja ter pleno acesso a outras instalações na Síria e pediu que o governo de Damasco coopere com a entidade. A Síria nega que Al Kibar fosse um reator nuclear. EFE