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Síria: ONU autoriza investigação independente de massacre

Há uma semana, 108 civis morreram em Hula. Governo atribuiu assassinatos a 'grupos terroristas'; ONU disse que há indícios de crimes contra a humanidade

Por Da Redação
1 jun 2012, 13h57

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aceitou nesta sexta-feira uma resolução que pede à comissão independente internacional sobre a Síria que realize “uma investigação especial” sobre o massacre de Hula há uma semana, em que morreram 108 civis, para que os responsáveis compareçam perante a Justiça. A resolução foi aprovada por 41 votos durante a sessão especial sobre a Síria realizada nesta sexta-feira – a quarta reunião desde março de 2011. China, Rússia e Cuba votaram contra, enquanto Uganda e Equador se abstiveram.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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A ONU denunciou mais cedo que há indícios de crimes contra a humanidade no massacre, devido às “sérias suspeitas” de que famílias inteiras foram executadas de maneira sumária, incluindo mulheres e crianças. Um discurso da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, lido pela porta-voz Marcia Kran, abriu a sessão especial do Conselho de Direitos Humanos convocada para tratar de maneira específica do massacre e iniciar uma investigação. No discurso, Pillay disse que “há informações sugerindo que as Shabiha (grupos paramilitares pró-governo) entraram nos povoados e que poderiam ser responsáveis por dúzias de assassinatos”.

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Navi Pillay informou que a missão diplomática da Síria em Genebra lhe enviou uma carta cinco dias depois do massacre, na qual atribuía os assassinatos de Hula a “grupos terroristas armados”. “O governo da Síria declarou que seus militares atuaram apenas em defesa própria e que tentaram proteger os civis, e disse que três membros das forças armadas foram assassinados e 16 soldados ficaram feridos nos combates em Hula”, afirmou. Ela lamentou que o regime sírio ignore os pedidos do conselho para que permita a entrada no país da comissão que investiga as violações dos direitos fundamentais cometidas desde o início do conflito, em março de 2011, e exigiu do governo que facilite o trabalho da missão da ONU.

Para Navi, se a comunidade internacional não apoiar o plano do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, a situação na Síria vai virar um “conflito total”, colocando em perigo o futuro do país e de toda a região. Só nesta sexta-feira, as forças militares sírias executaram 12 civis que voltavam para casa depois de trabalhar em uma fábrica de Qusair (centro), segundo militantes da oposição.

(Com agência France-Presse)

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