Cairo, 17 jan (EFE).- O Governo sírio demonstrou surpresa nesta terça-feira pela proposta do emir do Catar, Hamad Bin Khalifa al-Thani, de enviar tropas árabes a esse país e destacou que essa decisão só ‘agravaria a situação’.
Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores rejeitou, em declarações à agência oficial ‘Sana’, a hipótese do envio de militares e considerou que isto abriria a porta à ‘interferência estrangeira nos assuntos da Síria’.
‘O povo sírio está orgulhoso de sua dignidade e soberania, e rejeita todas as formas de interferência estrangeira em seus assuntos sob qualquer pretexto’, afirmou o porta-voz, insistindo que seu país ‘confrontará qualquer tentativa de menosprezar a soberania síria e sua integridade territorial’.
Em suas declarações, o representante de Exteriores disse que ‘sangue árabe está sendo derramado na Síria para servir agendas conhecidas, especialmente depois que a conspiração tramada contra a Síria se tornou clara’.
Para a fonte, Damasco está cumprindo os compromissos estabelecidos com a Liga Árabe para permitir uma missão de observadores trabalhar, por isso reivindicou aos países árabes que se esforcem para deter ‘a campanha de instigação e a mobilização dos meios de comunicação’ contra seu país.
Segundo a ONU, mais de cinco mil pessoas morreram desde que começaram em meados de março do ano passado os protestos contra o regime de Bashar al Assad, que acusa ‘grupos armados terroristas’ de estarem por trás delas. EFE