O ditador da Síria, Bashar Assad, convocou nesta segunda-feira eleições parlamentares para o próximo dia 13 de abril, segundo um decreto divulgado através da agência oficial de notícias síria Sana.
Em um breve comunicado, o regime sírio especificou o número de deputados eleitos por cada província, entre elas regiões como Al Raqqa, controlada pelo grupo jihadista Estado Islâmico, e Idlib, atualmente dominada por uma coalizão de grupos armados islamitas, rebeldes e terroristas.
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As últimas eleições parlamentares realizadas no país foram em maio de 2012. Essa foi a primeira vez que outros partidos, além do Baath, que está atualmente no poder, puderam concorrer. Ainda assim, a maioria dos 250 membros do parlamento eleitos pertencia ao partido Baath.
Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU elaborada em dezembro do ano passado pedia a realização de eleições parlamentares e presidenciais que decidiriam o futuro do país durante um período de transição de 18 meses, que terminaria com os cinco anos de conflito na Síria. Mesmo assim, o país devia realizar as eleições parlamentares tradicionais, já que o mandato do parlamento atual expira em maio.
Nesta segunda-feira, Rússia e Estados Unidos anunciaram um cessar-fogo na Síria marcado para entrar em vigor à meia-noite do dia 27 de fevereiro. A decisão veio após um fim de semana de negociações entre o secretário de Estado americano John Kerry e o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov. O acordo segunda “convida todas as partes do conflito sírio” – com exceção dos grupos terroristas Estado Islâmico e al-Nusra – a assinarem o cessar-fogo até o meio dia da sexta-feira e iniciarem um período de trégua a partir da meia-noite do dia seguinte.
O conflito na Síria, que completa cinco anos em março, já provocou a morte de mais de 250.000 pessoas e obrigou 11 milhões de sírios a abandonar suas casas, entre eles os 4 milhões de sírios que deixaram o país.
(Da redação)