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Seul não vê nada incomum no vizinho em ‘estado de guerra’

Coreia do Sul não observou nenhum movimento das tropas do país vizinho

Por Da Redação
30 mar 2013, 05h21

As Forças Armadas sul-coreanas, que há semanas mantêm uma estreita vigilância sobre Coreia do Norte devido às repetidas ameaças do regime de Kim Jong-un, não detectaram nas últimas horas ações de relevância no país vizinho, disse uma fonte militar à agência local Yonhap. Segundo o governo de Seul, não houve nenhum movimento incomum das tropas da Coreia do Norte depois que o país comunista anunciou, horas atrás, ter entrado em “estado de guerra” contra os sul-coreanos, em um novo episódio de sua recente campanha de provocações belicistas.

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O Ministério da Defesa de Seul emitiu um comunicado no qual denunciou a “ofensiva” retórica norte-coreana como uma série de “ameaças inaceitáveis” que “prejudicam a paz e a estabilidade na península de Coreia” e reiterou seu compromisso de responder com dureza a um hipotético ataque do vizinho.

“Nosso Exército mantém uma completa preparação para não deixar pontos cegos na proteção da vida e a integridade dos cidadãos” da Coreia do Sul, expôs a Defesa no comunicado. Por sua vez o Ministério da Unificação sul-coreano, encarregado das relações com o Norte, minimizou a importância do anúncio norte-coreano, que situou como parte da recente campanha de ameaças verbais do país comunista.

Conflito – Na manhã deste sábado, no horário local (fim de noite de sexta em Brasília), a Coreia do Norte reforçou sua retórica beligerante e provocativa das últimas semanas ao anunciar que o país entrou no que chamou de “estado de guerra” com a Coreia do Sul. Os vizinhos estão tecnicamente em guerra desde 1953 pois o conflito entre as duas nações foi encerrada por meio de um armistício e não de um tratado de paz. Há três semanas, o regime norte-coreano já havia anunciado que considerava nulo o cessar-fogo com o país vizinho.

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O anúncio norte-coreano, no entanto, não deve representar nenhuma mudança substancial no cenário regional. Na opinião de analistas e do próprio governo da Coreia do Sul, trata-se de mais uma manobra do regime de Pyongyang que adota um discurso belicista apostando em efeitos psicológicos, como ressaltou um representante do Ministério da Defesa sul-coreano. “Acreditamos que ao revelar (o “estado de guerra”) à imprensa e divulgá-lo pelo mundo, a Coreia do Norte esteja jogando psicologicamente”, afirmou o porta-voz do ministério, Kim Min-seok.

O mais provável, acreditam os Estados Unidos, é que o jovem ditador Kim Jong-un, que herdou o governo há pouco mais de um ano, busque com a guerra de palavras se firmar no comando do país e mostrar sua capacidade de liderança à cúpula das Forças Armadas. “Estamos convencidos de que Kim está solidificando sua posição junto a seu próprio povo e aos militares, que ainda não o conhecem”, disse um alto funcionário do governo Barack Obama ao jornal The New York Times. Segundo a fonte, cuja identidade não foi revelada, a Casa Branca está preocupada com o que virá pela frente, mas não com o que o governante norte-coreano ameaça fazer.

Desde o início de março, quando a ONU adotou sanções contra a Coreia do Norte por causa da realização de um novo teste nuclear no mês anterior, o governo norte-coreano vem aumentando sua retórica belicista. Em meio ao aumento da tensão na península coreana, o regime de Kim Jong-un já ameaçou fazer um “ataque nuclear preventivo” aos EUA, anulou o armistício que suspendeu a Guerra da Coreia e prometeu atacar alvos americanos na Ásia.

(Com agência EFE)

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