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Sequestrador operou câmara de tortura, diz promotor

Justiça americana quer acusar Castro de assassinato de bebês abortados

Por Da Redação
10 Maio 2013, 09h38

O sequestrador que manteve três americanas reféns por 10 anos em Cleveland (em Ohio, EUA), Ariel Castro, operava uma “câmara de tortura e um cárcere privado”, nas palavras do promotor Timothy McGinty. O promotor do condado de Cuyahoga, em Cleveland, busca agora acusar Castro de assassinato pelos abortos forçados a que submeteu suas vítimas. Homicídio pode ser punido com a pena de morte no estado de Ohio.

“A brutalidade horrível e a tortura que as vítimas suportaram por uma década está além da nossa compreensão”, disse McGinty na noite de segunda-feira, segundo a rede CNN. Além de homicídio, o promotor quer pedir novas acusações para cada ato de violência sexual. A justiça local determinou na quinta-feira uma fiança de oito milhões de dólares para cada acusação de sequestro – de Amanda Berry, a vítima que conseguir escapar e ligar para a polícia, Michelle Knight, Gina DeJesus e a filha que Amanda teve com o sequestrador e nasceu no cárcere, Jocelyn.

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Até a mãe do acusado, Lillian Rodriguez, demonstrou pesar com o caso. “Eu tenho um filho doente que fez algo sério”, disse ela a redes de televisão de língua espanhola na quinta-feira. “Eu estou sofrendo muito, peço perdão a essas mães, e que essas meninas me perdoem”.

A filha do raptor, Arlene de Castro, de 22 anos, também falou à imprensa americana. Em entrevista ao programa matinal “Good Morning America”, da rede ABC, Arlene disse que era a melhor amiga de uma das sequestradas, Gina DeJesus, e pediu desculpas a ela. “Eu sinto muito, muito mesmo”, disse Arlene em lágrimas.

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Família – Michelle Knight, de 32 anos, é a vítima que contou ter engravidado cinco vezes de Castro e ter sido obrigada a abortar todas elas passando fome e apanhando do raptor. Agora, apesar de ser a refém que passou mais tempo no cativeiro – 11 anos – ela rejeitou visitas de parentes no hospital onde permanece desde segunda-feira à noite.

“Não – a pedido dela. Ela não quer ser vista pela família”, disse Deborah Knight, a avó. Um dos dois irmãos de Michelle, Freddie Knight, esteve no hospital e a visitou imediatamente depois de ela ser localizada pela polícia dentro da casa onde passou anos presa. “Sua pele estava branca como um fantasma”, disse Freddie. “Ela me disse que estava animada em começar uma nova vida.”

Michelle está em boas condições de saúde, mas não aceitou receber sua mãe nem sua avó, que haviam se mudado para a Flórida depois do desaparecimento dela – na época interpretado por familiares como uma fuga. A sequestrada já era uma mãe solteira quando desapareceu, em 2002, após perder uma disputa judicial com autoridades pela custódia do seu filho, que na época tinha 3 ou 4 anos, segundo a avó. “Eles o levaram e ela saiu de casa e nunca mais voltou”, contou a avó, explicando por que a família achava que ela havia fugido.

As outras duas ex-reféns, Amanda Berry e Gina DeJesus, deixaram o hospital na terça-feira e voltaram na quarta-feira para as casas de parentes. Durante o cativeiro, o homem mostrava a suas reféns reportagens de TV sobre as vigílias que as famílias Berry e DeJesus realizavam pelo retorno das suas filhas. A família Knight não fez vigílias, e a avó disse que todos tinham certeza da morte da moça. “Não achávamos que fossemos voltar a vê-la.”

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(Com agência Reuters)
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