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Separatistas mantêm referendo e Kiev segue com a ofensiva

Mesmo após pedidos de Putin, insurgentes pró-russos mantiveram referendo para validar a independência da região de Donetsk, no leste da Ucrânia

Por Da Redação
8 Maio 2014, 08h20

Os dirigentes do levante pró-russo nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk ignoraram o pedido feito ontem pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, de adiar o referendo de independência convocado para o próximo domingo. Separatistas pró-Rússia votaram por unanimidade em favor da realização do referendo sobre a independência em 11 de maio no leste da Ucrânia, disse nesta quinta-feira um líder da autodeclarada “República Popular de Donetsk”. “Nós acabamos de votar no Conselho do Povo. A data do referendo foi endossada por 100% dos votantes. O referendo será realizado em 11 de maio”, disse o líder rebelde Denis Pushilin a repórteres.

O Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que prosseguirá com a ofensiva militar contra os separatistas pró-russos no leste do país. “A operação antiterrorista continuará”, garantiu o titular do Ministério, Andrei Parubi, de acordo com as agências locais. Sobre o referendo para aprovar a independência que os insurgentes convocaram para 11 de maio, o ministro afirmou que a simples ideia de realizar essa consulta popular “é uma fraude política e uma aventura” que não tem perspectivas. Parubi informou que as tropas no leste do país estão se reagrupando e mostrou seu otimismo sobre os resultados da operação lançada pelas autoridades.

Também nesta quinta, o presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchinov, rejeitou a possibilidade de dialogar com separatistas pró-russos armados, mas mostrou-se disposto a fazê-lo com as administrações regionais e os ativistas pacíficos. “Estamos dispostos a debater com representantes de autoridades locais, ativistas de movimentos sociais, empresários das regiões de Donetsk e Lugansk, mas com os criminosos armados, que têm as mãos manchadas de sangue, os Estados civilizados não dialogam”, disse à imprensa local. Turchinov garantiu que a anistia prometida pelas autoridades será aplicada somente àqueles que “renunciem à luta armada por sua própria vontade, desocupem edifícios de órgãos estatais” assim como aos “que não estão envolvidos em assassinatos e outros crimes graves”.

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Além de pedir o adiamento da consulta popular, Putin apoiou inesperadamente as eleições presidenciais ucranianas do dia 25 de maio. Também garantiu que a Rússia retirou suas tropas da fronteira com a Ucrânia para transferi-las a suas bases de treinamento regular. No entanto, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, disse nesta manhã que ainda não há sinais de que o exército de Putin tenha recuado da fronteira da Ucrânia. “Eu tenho uma boa visão desta região e, por enquanto, não há nenhuma indicação de que as tropas recuaram. Se virmos qualquer sinal positivo, seremos os primeiros a comentar”, disse.

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Pelo Twitter, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, respondeu as afirmações de Rasmussen. “Para todos aqueles com olhos cegos, nós sugerimos que sigam e olhem o discurso de Putin no dia 7 de maio”.

(Com agências EFE e France-Presse)

Entenda a situação dos conflitos nas cidades ao leste da Ucrânia:

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