Senador democrata Cory Booker abandona a corrida pela Casa Branca
Diversidade de candidatos de oposição diminui; único pré-candidato afroamericano é Deval Patrick
O senador por Nova Jersey Cory Booker deixou nesta segunda-feira, 13, a disputa pela indicação do Partido Democrata à Casa Branca nas eleições de novembro, contra o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tenta sua reeleição. O financiamento de sua campanha foi um dos fatores principais para a suspensão de sua pré-candidatura a campanha.
“Nossa campanha chegou ao ponto em que precisamos de mais dinheiro. Um dinheiro que não temos e que é mais difícil de conseguir porque não estarei no próximo debate”, disse em um comunicado divulgado nesta segunda-feira. Por outro lado, o afroamericano Booker não conseguia subir nas pesquisas eleitorais, ficando estável 1,8% das intenções de voto.
Os principais pré-candidatos ainda na disputa democrata são o ex-vice-presidente americano Joe Biden, os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren. O empresário e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, com financiamento próprio e de contribuintes de Wall Street, tem potencial de subir nas pesquisas.
Com a saída de Booker, os 12 pretendentes à nomeação democrata para disputar a Casa Branca se tornaram menos diversos. Entre os pré-candidatos que ainda disputam, apenas Deval Patrick, ex-governador de Massachusetts, é negro.
O Booker tentou construir sua campanha ao redor de uma mensagem de união. Sempre repetiu que a eleição de novembro “não será um referendo ao Donald Trump”, mas uma consulta sobre “quem nós devemos ser um para o outro”.
Além de Booker, outros dois pré-candidatos suspenderam suas campanhas no começo deste ano: O ex-secretário de Habitação Julian Castro e a escritora Marianne Williamson. As primários do partido começam a acontecer em fevereiro, quando os eleitores democratas vão às urnas no Estado de Iowa. O processo só finaliza em 6 de junho, quando os resultados das urnas nas Ilhas Virgens forem contabilizados.