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Senador australiano renuncia após acusações de laços com a China

Saída de Sam Dastyari, do Partido Trabalhista australiano, ocorre em meio a crescentes preocupações de influências chinesas na política do país

Por Da redação
Atualizado em 12 dez 2017, 18h11 - Publicado em 12 dez 2017, 17h28

O senador do Partido Trabalhista da Austrália, Sam Dastyari, anunciou nesta terça-feira que vai renunciar ao cargo. O político vem sendo acusado de ter ligações com empresários chineses em um momento no qual a Austrália acusa a China de influenciar sua política.

Dastyari anunciou que estava renunciando para evitar distrações dentro de seu partido. “Fui guiado por meus valores que me dizem que eu deveria sair se minha presença distrai o Partido Trabalhista de sua missão”, afirmou. “É evidente para mim que estamos nesse ponto, então pouparei o partido de distração adicional”.

O senador foi acusado de possuir relações muito próximas com doadores chineses. Em novembro deste ano, a empresa de comunicação australiana Fairfax Media revelou que Dastyari havia alertado o empresário chinês Huang Xiangmo de que seu telefone poderia ter sido grampeado por agências de inteligência australianas.

Segundo relatórios divulgados pela rede de televisão local ABC, Huang doou centenas de milhares de dólares a dois importantes partidos da Austrália. Em 2015, o empresário doou 55.000 dólares (em torno de 181.039 reais) para ter um jantar com o líder do Partido Trabalhista Bill Shorten.

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A imprensa australiana também relatou que em 2015 o político tinha tentando desencorajar o líder do partido a se encontrar com um ativista chinês pró-democracia que se posicionava contra o governo de Pequim.

A relação entre os dois países se tornaram tensas na semana que passou, quando a Austrália alterou sua legislação para proibir a entrada de doações estrangeiras a partidos políticos. O objetivo é evitar interferências externas em sua política. Ao anunciar a proibição, o primeiro-ministro Malcolm Turnbull destacou especificamente a China, citando “relatórios perturbadores sobre a influência chinesa”.

A China, que é a maior parceira comercial da Austrália, reagiu chamando a atitude de “racista” e “paranoica”. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês disse estar “chocado com as observações do líder australiano” que havia se baseado em “relatórios irresponsáveis ​​de alguns meios de comunicação australianos”. Além disso, ele afirmou que a decisão poderia afetar as relações de confiança e cooperação entre os dois países.

(Com Reuters)

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