Senado estipula intervenção militar de até 90 dias na Síria
Comissão de Relações Exteriores também anula a possibilidade de Barack Obama optar por operações terrestres durante a ação contra Bashar Assad
Por Da Redação
3 set 2013, 23h15
Após sabatinar o secretário de Estado americano, John Kerry, e o secretário de Defesa, Chuck Hagel, a Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos divulgou nessa terça-feira uma prévia da resolução que respalda a proposta do presidente Barack Obama de reagir militarmente ao uso de armas químicas no massacre de mais de 1 400 pessoas na Síria. O texto determina que uma intervenção militar no país terá um limite de sessenta dias, com a possibilidade de Obama estender o prazo por mais trinta mediante uma notificação ao Congresso. Além disso, o documento exclui a opção de o presidente requisitar o envio de tropas terrestres durante a ofensiva contra alvos estratégicos do ditador Bashar Assad.
A resolução, contudo, determina que um pequeno contingente de soldados poderá ser enviado à Síria em situações de emergência, como operações de resgate. Os senadores também exigem de Obama a apresentação de um plano diplomático para encerrar a guerra civil síria. Segundo o jornal Washington Post, o presidente terá de enviar ao Congresso uma solução para a crise após os primeiros trinta dias da intervenção militar americana.
O texto, formulado após os novos esclarecimentos prestados por Kerry, simboliza a primeira vitória da administração Obama neste caso. Ao contrário do premiê britânico David Cameron, derrotado pelos parlamentares ao propor uma ofensiva contra Assad, o presidente dos Estados Unidos assegurou o apoio de lideranças da Câmara dos Deputados e conquistou a simpatia dos senadores do partido republicano favoráveis a uma resposta americana. A favor de Obama pesa a mensagem negativa que a inação dos EUA traria para governos de Irã e Coreia do Norte, além de grupos terroristas como o Hezbollah.
O presidente, no entanto, terá de enfrentar a rejeição popular a um ataque à Síria. As últimas pesquisas divulgadas pela agência Reuters apontam que 45,5% da população americana é contra o envolvimento dos EUA no conflito, enquanto 25,8% são a favor. Em razão dessa desconfiança, Kerry tratou de afastar as semelhanças com a operação militar que culminou na invasão do Iraque. “Estamos especialmente empenhados em nunca mais pedir para nenhum membro do Congresso votar baseado em informações de inteligência imperfeitas. E foi por isso que a nossa inteligência avaliou e reavaliou os indícios que coletamos”, disse o secretário de estado.
A Comissão de Relações Exteriores do Senado espera iniciar o debate da nova resolução nesta quarta-feira. Se for aprovado, o texto será submetido a uma votação envolvendo todos os senadores, que provavelmente será convocada pelo líder da maioria democrata, Harry M. Reid, para a próxima semana. Já Kerry e Hagel são esperados em uma audiência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Eles deverão esclarecer as dúvidas que os membros da Casa possam vir a ter sobre a ofensiva planejada pelos Estados Unidos.
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