Buenos Aires, 25 abr (EFE).- O Senado argentino iniciou nesta quarta-feira o debate sobre o projeto de lei para a desapropriação de 51% das ações da companhia petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol.
O projeto, que conta com o apoio do Governo e partidos da oposição, também prevê a desapropriação das ações da companhia petrolífera espanhola na YPF Gás, a maior distribuidora no varejo de gás liquidificado de petróleo envasilhado da Argentina.
Fontes parlamentares consultadas pela Agência Efe previram um debate extenso sobre o projeto de lei, que depois será enviado à Câmara dos Deputados, onde o Governo também conta com maioria.
‘Será uma jornada histórica na qual a iniciativa obterá uma quantidade de votos muito grande’, previu o senador governista e ex-chefe de Gabinete Aníbal Fernández, momentos antes do início do debate.
O projeto se declara como de utilidade pública e prevê a desapropriação de 51% das ações da YPF em propriedade da Repsol, titular de uma participação total de 57,43% na companhia petrolífera argentina.
A YPF também conta com a participação do grupo argentino Petersen (25,46%) e do Estado (0,02%), e o restante (17,09%) é cotado nas Bolsas de Buenos Aires e Nova York.
A iniciativa foi enviada ao Parlamento em 16 de abril, mesmo dia em que Cristina Kirchner decretou a intervenção na maior produtora de hidrocarbonetos da Argentina.
A Repsol informou em aviso publicado na imprensa que não é verdade que a YPF tenha reduzido sua produção de petróleo e gás mais que o restante das companhias que também têm concessões na Argentina. EFE