Sem maioria, Trump adia votação de reforma da saúde nos EUA
Republicanos temem não conseguir aprovação necessária na casa legislativa
Senadores do Partido Republicano, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiaram a votação do projeto de Lei do Senado que visa acabar com o modelo de seguro-saúde atualmente vigente no país, conhecido como Obamacare, para depois do feriado de 4 de julho.
A decisão foi tomada nesta terça-feira em uma reunião a portas fechadas presidida pelo líder dos republicados no Senado, Mitch McConnel, que mais cedo se encontrou com o presidente. Com a medida, o partido ganha algum tempo para angariar o apoio necessário para a aprovação da projeto. Após o anúncio, Trump convidou os senadores republicanos à Casa Branca para traçarem um caminho estratégico.
Para que a nova legislação passe, é necessária uma maioria de 50 votos a favor. O partido de Trump tem uma posição confortável, com 52 cadeiras no Senado, que garantiria uma vitória, mas quatro senadores republicanos declaram-se contrários ao projeto. Caso não consigam convencer os legisladores do partido, o fracasso na votação é praticamente certo, já que legisladores democratas se opõem à lei que acaba com o sistema considerado maior legado do ex-presidente Barack Obama.
A proposta do Senado possui a mesma substância que o projeto aprovado no último mês pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e prevê a redução do subsídio a planos de saúde para pessoas de baixa renda, e de impostos destinados a saúde determinados no Obamacare.
(Com agência AFP e Estadão Conteúdo)