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Sem filhos e advogado, lista de perdões de Trump pode ter rapper Lil Wayne

A um dia do fim do mandato, mais de 100 pessoas devem receber indultos por crimes cometidos; cantor é acusado de porte ilegal de arma

Por Amanda Péchy Atualizado em 19 jan 2021, 15h12 - Publicado em 19 jan 2021, 14h59

A um dia de sair do cargo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgará nesta terça-feira, 19, uma onda final de indultos e mudanças de penas para aliados. O rapper Lil Wayne, que endossou publicamente o republicano em outubro passado, pode ficar 10 anos na prisão por porte ilegal de armas e é forte candidato para a lista de perdões de última hora.

Wayne postou uma foto com o presidente no Twitter no dia 29 de outubro do ano passado, afirmando que os dois tiveram uma ótima reunião e declarando apoio ao seu plano de investimento em comunidades negras. “Ele ouviu o que tínhamos a dizer e garantiu que colocará em prática”, escreveu.

O rapper recebeu duras críticas de fãs e outros artistas americanos pela postagem – que, mais tarde, ele apagou. Logo depois do incidente, sua namorada, a modelo Denise Bidot, terminou o relacionamento de seis meses com o astro. O Grammy Awards, uma das principais premiações da indústria musical, parece ter deixado Wayne intencionalmente de fora.

Pelo menos, pode ser que o ostracismo seja enfim compensado. No mês passado, o rapper se declarou culpado pelo porte de uma arma carregada – e banhada a ouro – quando seu jatinho fretado pousou em Miami em dezembro de 2019. Sua audiência está marcada para o dia 28 de janeiro. Enfrentando uma sentença de até 10 anos de prisão, o indulto cairia como uma luva.

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Segundo o jornal The New York Times, um outro possível perdoado é Sheldon River, ex-presidente da Assembleia de Nova York, condenado por acusações de corrupção em 2015. Outra pessoa sob consideração é Sholam Weiss, dono da mais longa sentença de prisão de colarinho branco.

Espera-se que mais de 100 perdões e comutações sejam emitidos no último dia completo de mandato do republicano. Nomes como o advogado Rudy Giuliani, ou o ex-assessor Steve Bannon, contudo, não devem ser agraciados com a clemência presidencial, segundo pessoas próximas a Trump.

Giuliani tem sido um dos principais defensores das infundadas alegações de fraude eleitoral no pleito de 3 de novembro, conquistado pelo democrata Joe Biden. Já Bannon foi um dos propulsores da vitória de Trump em 2016 e conselheiro sênior da Casa Branca – e é acusado de fraudar doadores da campanha online “We Build The Wall”, para construir o muro na fronteira com o México, que arrecadou 25 milhões de dólares.

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Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, também não deve receber perdão, disseram pessoas próximas ao presidente. Em 2019, o Departamento de Justiça americano pediu ao Reino Unido que o extraditasse para enfrentar acusações de ciberataque a computadores do governo dos Estados Unidos, violando leis de espionagem. Um tribunal britânico recusou o pedido.

Trump também parece ter sido dissuadido de perdoar a si mesmo ou a membros de sua família. Supunha-se que ele pretendia dar indultos preventivos a seus dois filhos mais velhos, Donald Trump Jr. e Eric Trump. Os dois comandam a empresa familiar Trump Organization, investigada por supostas irregularidades financeiras.

Alguns membros da empresa se mostraram favoráveis aos perdões preventivos. Enquanto isso, a Casa Branca é contra. Porém, como quase todos os seus atos presidenciais, Trump acabará decidindo por conta própria. Ele tem até o meio-dia de quarta-feira, 20, quando seu mandato de quatro anos chegar ao fim, para emitir (ou não) esses controversos perdões.

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