Seis palestinos escapam de prisão de segurança máxima em Israel
Presos teriam cavado um túnel embaixo do banheiro e escapado pouco antes do início das festas de Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico
Seis prisioneiros palestinos fugiram do presídio de segurança máxima de Gilboa, no norte de Israel, na madrugada desta segunda-feira, 6, por meio de um túnel. Os presos, que provavelmente dividiam a mesma cela, teriam cavado um túnel embaixo do banheiro, de onde rastejaram para sair do local, pouco antes do início das festas de Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico.
Entre os fugitivos estava Zakariye Zubeidi, ex-comandante da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do Fatah, partido político de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina. Os outros cinco membros seriam ligados à Jihad Islâmica Palestina.
Quatro dos seis envolvidos cumpriam prisão perpétua por ligação em ataques a israelenses durante a Intifada Palestina no começo dos anos 2000.
Em comunicados, grupos palestinos celebraram a fuga. O Hamas, grupo que governa a Faixa de Gaza, descreveu a fuga como um “ato corajoso e heroico”.
“Hoje, os heróis da Jihad Islâmica alcançaram uma nova vitória na prisão de Gilboa. Essa vitória destruiu a imagem do ocupante”, disse Khamees El-Haitham, oficial da Jihad Islâmica, em Gaza.
A agência de segurança interna de Israel se uniu à polícia e ao Exército nas buscas pelos foragidos. Uma ampla operação está sendo realizada, com o uso de helicópteros em cidades e vilarejos próximos à área norte da Cisjordânia e na fronteira com a Jordânia.
A prisão fica a apenas 4 km da Cisjordânia e a 14 km da fronteira com a Jordânia e agentes também estão usando cães farejadores e montaram postos de controle ao redor de Gilboa.
“Durante a noite recebemos uma série de relatórios sobre figuras suspeitas em campos agrícolas e do serviço penitenciário, que descobriram rapidamente que havia prisioneiros desaparecidos de suas celas e que seis escaparam”, disse o porta-voz da polícia, Eli Levy, à rádio israelense Kan
Ao que tudo indica, os foragidos foram para a cidade de Jenin, na Cisjordânia. Também há a possibilidade de estarem escondidos em plantações próximas ao presídio.
O gabinete do primeiro-ministro isralense, Naftali Bennett, disse que ele conversou com o ministro da Segurança Interna e “enfatizou que este é um grave incidente que requer um esforço geral das forças de segurança” para encontrar os fugitivos.