Secretário-geral da ONU pede trégua imediata em Gaza
Israel continuou bombardeios na madrugada e número de mortos subiu para 86
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma trégua imediata no recente conflito armado entre Israel e a Faixa de Gaza, que entra nesta segunda-feira em seu sexto dia. Ban afirmou que vai ao Cairo, no Egito, para se juntar às conversas sobre um possível cessar-fogo, coordenadas pelo governo local.
Leia também:
Movimentação de Israel assemelha-se a operação de 2008
Na madrugada desta segunda, ao menos mais 12 pessoas foram mortas e setenta ficaram feridas por bombardeios israelenses, o que eleva para 86 o número de óbitos de palestinos e para mais de 700 o de feridos na Faixa de Gaza desde que Israel iniciou na quarta-feira sua operação “Pilar de Defesa”, cujo objetivo declarado é defender o país dos constantes lançamentos de foguetes de Gaza em direção ao território israelense. Nos últimos cinco dias, foram mais de mil projéteis disparados por militantes do grupo radical Hamas, que provocaram a morte de três israelenses.
Israel atacou diversos alvos no norte e sul de Gaza ao longo da noite, entre eles duas delegacias da Polícia do Hamas, e provocou a morte pelo menos 12 pessoas, informou a agência de notícias palestina Maan, que cita dados do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza.
O Exército israelense confirmou em comunicado ter atacado ao redor de 80 “lugares terroristas” durante a noite, incluindo vários locais de lançamento de foguete, túneis usados pelas milícias, bases de treinamento destas e “várias unidades terroristas que se preparavam para disparar foguetes contra Israel”.
Leia também:
Obama diz que apoia totalmente direito de defesa de Israel
Israel poderá mobilizar até 75.000 reservistas contra Gaza
Em Gaza, foram escutados vários bombardeios noturnos, embora menos que nas noites anteriores, e o barulho constante dos aviões não tripulados israelenses sobre o enclave palestino. Segundo testemunhas, a aviação israelense atacou propriedades de milicianos do Hamas na cidade de Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza, e no campo de refugiados de Al Bureij, na Cidade de Gaza, assim como diferentes alvos no norte do território.
Também houve bombardeios sobre Rafah, na fronteira com o Egito, nos quais morreram pelo menos três pessoas.Segundo os últimos números divulgados pelo porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas, metade dos mortos e 70% dos feridos desde quarta-feira passada são civis.
Leia mais
Dilma nunca se incomodou com os foguetes dos terroristas do Hamas? Por quê?