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Secretário de Estado dos EUA chega a Kiev e reafirma apoio à Ucrânia

Em encontro com presidente ucraniano, Antony Blinken diz que EUA buscam resolução diplomática e reiterou compromisso de Washington com o país

Por Matheus Deccache 19 jan 2022, 15h11

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, chegou à Ucrânia nesta quarta-feira (19) em mais um esforço para aliviar a tensão na região e impedir uma eventual invasão russa ao país. 

Falando a diplomatas na embaixada dos Estados Unidos em Kiev, o secretário reafirmou a preocupação com a concentração de tropas russas na fronteira, afirmando que a movimentação pode fazer com que o presidente Vladimir Putin lance um ataque em um período de tempo muito curto. 

Blinken disse também que espera que o Kremlin possa seguir um caminho pacífico e que não há motivos para o acúmulo de militares próximo ao território ucraniano.

O secretário afirmou ainda que o governo americano está conversando com outros países da Europa sobre um possível conjunto de sanções econômicas contra a Rússia.

Mais tarde, em reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o diplomata disse que a Ucrânia enfrenta uma ameaça sem precedentes e reiterou o compromisso de Washington com a integridade eleitoral do país, dizendo que uma nova agressão por parte da Rússia traria “consequências muito graves”.

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Em entrevista coletiva ao lado do ministro das Relações Exteriores ucraniano, Blinken destacou que ainda mais apoio militar será fornecido caso as ameaças se concretizem em um ataque. No entanto, segundo ele, os Estados Unidos estão em busca de uma solução diplomática para o conflito.

“Deixamos claro a nossa preferência por uma resolução pacífica para o problema”, disse. 

Na semana passada, Moscou e o Ocidente participaram de conversas diplomáticas, mas as negociações foram inconclusivas e ficaram longe de solucionar desentendimentos sobre a Ucrânia e outras questões de segurança.

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma ação nesse caminho terá consequências graves. A Aliança, por sua vez, emitiu comunicado em que afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e pela Ucrânia, mais ninguém”.

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O governo americano disse acreditar que a Rússia prepara ações de sabotagem para justificar uma futura invasão. A Casa Branca ainda não divulgou detalhes sobre essas evidências, mas uma autoridade do alto escalão do governo de Joe Biden disse à imprensa americana que já foram interceptadas comunicações e movimentação de Moscou nesse sentido.

Segundo o  oficial, “a Rússia está preparando um pretexto para a invasão, inclusive por meio de atividades de sabotagem e divulgação de informações falsas, acusando a Ucrânia de preparar um ataque iminente contra forças russas no leste do país”.

O oficial, que falou ao jornal The New York Times sob a condição de anonimato, afirmou que “os militares russos planejam iniciar essas atividades semanas antes da invasão, que poderá começar entre meados de janeiro e fevereiro”.

Imagens de satélites feitas pela Maxar Technologies e fornecidas à CNN mostram que há presença de tropas e equipamentos a menos de 50 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, com um aumento entre 7 de setembro e 5 de dezembro no número de veículos.

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As avaliações mais recentes da inteligência dos EUA colocam mais de 50 grupos táticos enviados dentro e nos arredores da fronteira com a Ucrânia. Estes grupos, que normalmente possuem 900 militares cada, são altamente diversificados e representam unidades de combate que possuem artilharia, armas anti-tanque, reconhecimento, engenharia e soldados.

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