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Se houver recontagem em Ohio, resultado só em dezembro

Procedimento labiríntico para recontagem de votos pode resultar em semanas de atraso. Votação à distância e cédulas provisórias complicam processo

Por Da Redação
6 nov 2012, 15h19

Se a disputa pela Casa Branca entre o presidente Barack Obama e o republicano Mitt Romney for tão acirrada quanto se espera, é possível que seja necessário realizar a recontagem de votos em alguns estados. Caso isso ocorra em Ohio, estado indeciso considerado chave nas eleições deste ano, o nome do próximo presidente dos Estados Unidos pode ser revelado apenas em dezembro.

Como funcionam as eleições

Nos Estados Unidos, a votação para presidente é indireta, feita por 538 delegados. Eles são divididos entre os 50 estados americanos mais o distrito federal de acordo com sua população e seu número de deputados federais. O vencedor não é aquele que receber o maior número de votos dos eleitores, mas aquele que atingir a cota mínima de 270 delegados estaduais. Quanto mais populoso é um estado, mais deputados ele tem e mais peso possui na eleição. O candidato escolhido na Califórnia, por exemplo, leva todos os votos do colégio eleitoral do estado. Dessa forma, os partidos são obrigados a construir uma campanha nacional consistente, mesmo em lugares com menor número de eleitores.

Isso porque Ohio tem um procedimento de recontagem labiríntico, que pode resultar em semanas de atraso e montanhas de processos judiciais. A chance de o estado ter um resultado apertado é grande, como apontaram pesquisas de intenção de voto. Segundo o site Real Clear Politics, que divulga uma média dos resultados de vários levantamentos, Obama tem 50% da preferência do eleitorado local, contra 47,1% de Romney.

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O estado, que dará 18 votos pelo colégio eleitoral, é considerado um estado-termômetro. Os 12 últimos presidentes eleitos nos EUA venceram em Ohio. Grande parte da população de Ohio é conservadora, o que não significa tranquilidade para os republicanos.

No estado, as autoridades enviam cédulas de votação à distância para cada eleitor. O voto pelo correio pode ser computado até o dia 16 deste mês.

As pessoas que se inscreveram para votar à distância, mas depois decidiram comparecer às urnas, votarão com cédulas provisórias que ficarão seladas até que seja provado que ainda não votaram à distância.

Cerca de 200.000 cédulas provisórias podem ser depositadas nas urnas, e a lei estadual não permite que elas sejam abertas antes do dia 17 de novembro.

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Se os resultados no estado tiverem uma diferença de 0,5%, uma recontagem automática de todos os votos é acionada. Os condados têm até 27 de novembro para confirmar os resultados.

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Leia também: Como Obama e Romney (e os eleitores) chegam para a eleição

Autonomia – Nos Estados Unidos, não há um sistema eleitoral nacional. Cada estado tem autonomia para determinar a melhor maneira de computar e contar seus votos. Nas eleições de 2000, entre George W. Bush e Al Gore, o resultado da votação demorou quase um mês para ser anunciado, porque a Flórida tinha um tipo de cédula que levou milhares de eleitores a votarem errado.

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Em outros estados-chave, como o Colorado, por exemplo, uma recontagem automática é feita se a margem de diferença ficar em 0,5% ou menos. Observadores do pleito – democratas e republicanos – estão prontos para se mobilizar em estados em que a disputa tiver que ser decidida voto a voto. As duas campanhas mobilizam um exército de advogados para acompanhar como as cédulas são manuseadas e para impedir que haja casos de intimidação.

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