Se for eleito, Romney preparará EUA para guerra contra Irã
Republicano critica Obama por ser 'ingênuo' em relação à República Islâmica
O pré-candidato republicano Mitt Romney acusou nesta quinta-feira o presidente americano, Barack Obama, de ser ingênuo em relação ao Irã e prometeu que, se for eleito presidente, “preparará a guerra” contra a República Islâmica. Em artigo publicado no jornal The Wall Street Journal, Romney diz que apoiaria a diplomacia americana “com uma opção militar muito real e confiável”, mobilizando tropas militares no Golfo e potencializando a ajuda militar a Israel.
“Essas ações darão um sinal inequívoco ao Irã de que os Estados Unidos, agindo em consonância com seus aliados, nunca permitirão ao Irã obter armas nucleares”, afirmou Romney. O favorito na corrida à candidatura republicana à Presidência também apoiou em seu texto o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), publicado esta semana, que mencionava “provas confiáveis” de que o Irã havia trabalhado no desenvolvimento de uma bomba nuclear.
O Irã nega que esteja desenvolvendo armas atômicas e insiste que seu programa nuclear tem como objetivo gerar eletricidade. No entanto, o relatório da AIEA gerou inquietações nos países ocidentais por mais sanções por parte da ONU e pedidos de Israel para evitar que Teerã consiga armas nucleares.
Críticas – Romney afirma que os Estados Unidos precisam de “uma política muito diferente”. O aspirante à Casa Branca criticou o governo atual por fracassar em obter o apoio de Moscou para uma ação mais dura contra Teerã como preço para restabelecer as relações entre os Estados Unidos e a Rússia, bem como a recusa de Obama de se envolver na Revolução Verde iraniana, em 2009.
Robert Gates, secretário da Defesa republicano da administração Obama até o começo deste ano, manifestou-se em várias ocasiões contra o uso de força militar no Irã, argumentando que isso só faria com que o programa nuclear iraniano se tornasse ainda mais clandestino.