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Scioli lidera eleição na Argentina; segundo turno continua indefinido

Candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner aparece na dianteira em pesquisas de boca de urna

Por Da Redação
25 out 2015, 21h38

O candidato de centro-direita à Casa Rosada, Daniel Scioli, lidera a disputa do primeiro turno na Argentina – de acordo com as primeiras projeções com base em pesquisa de boca de urna divulgadas por emissoras de televisão argentinas neste domingo.Ele é o candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner.

Pouco depois do fechamento das seções eleitorais, às 18h local (19h em Brasília), as pesquisas mantinham em aberto a possibilidade de um segundo turno. Na maioria dos canais de televisão e jornais locais, Scioli, de 58 anos, e o candidato de direita Mauricio Macri, de 56, aparecem como os mais votados ao final de um dia sem incidentes graves.

Os primeiros dados oficiais começam a ser divulgados a partir da meia-noite desta segunda-feira, no horário de Brasília.

Além de vice-presidente e presidente, os argentinos votaram na renovação de um terço do Senado, metade da Câmara dos Deputados e 11 dos 25 governadores. Cerca de 32 milhões de eleitores eram esperados nas urnas.

Nenhuma força conseguirá maioria no Congresso, acreditam analistas políticos do país vizinho. “Não se pode subestimar o poder de (Cristina) Kirchner para impor ainda sua força no Congresso”, comentou o cientista político Rosendo Fraga.

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Enquanto o porta-voz de Macri, Marcos Peña, disse que “haverá segundo turno”, o porta-voz de Scioli, Jorge Telerman, pediu “paciência”. A incógnita é se Daniel Scioli conseguirá somar os 45% necessários, ou 40% e uma diferença de dez pontos em relação ao segundo oponente, para evitar o segundo turno.

Em terceiro lugar, está o ex-chefe de gabinete da presidente Kirchner e deputado peronista de centro-direita, Sergio Massa, de 43, que se tornou um ferrenho opositor do governo.

“Cumprimos a promessa: deixamos um país normal”, disse a presidente, de 62 anos, bastante descontraída ao votar em Santa Cruz, reduto político na Patagônia argentina do casal Kirchner. Impedida por lei de disputar um terceiro mandato e sem um claro herdeiro político, Cristina apoia Scioli. Ao contrário da presidente, ele se inclina para o centro-direita e é amigável com os mercados e grandes grupos econômicos.

No bunker “sciolista”, no estádio Luna Park de Buenos Aires, centenas de militantes estão reunidos. Por toda parte, estão à venda camisetas com a imagem do fundador do partido, Juan Perón, e do kirchnerismo. No QG de Macri, o fluxo de pessoas é menor.

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“Vamos nos contagiar com o espírito dos ‘Pumas’, com garra, orgulho e força para levar a camiseta argentina”, afirmou Scioli ao votar, referindo-se à seleção argentina de rúgbi, que lutou com garra, mas perdeu para a Austrália na semifinal do Mundial, neste domingo, na Inglaterra. “Os ‘Pumas’ são um exemplo da Argentina que queremos”, elogiou Macri, por sua vez.

O prefeito eleito da cidade de Buenos Aires Horacio Rodríguez Larreta, aliado de Macri, afirmou estar confiante no segundo turno.”Os dados estão confirmando que há empate. Primeiro todas as pesquisas de boca de urna e agora as mesas que vão sendo abertas estão confirmando. Vamos para o segundo turno no dia 22 de novembro. E estamos convencidos de que o próximo presidente será Mauricio Macri”, disse Larreta.

Já Massa aposta na mudança, não importa quem seja o vencedor. “Acreditamos que nasce uma nova Argentina. Termina uma etapa, começa outra”, avaliou.

Os três candidatos têm três oponentes sem peso eleitoral: a socialdemocrata Margarita Stolbizer, o peronista de centro-direita e ex-presidente que declarou o país em “default” em 2001, Adolfo Rodríguez Saá, e o trotskista Nicolás del Caño.

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(com AFP)

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