Satélite registra atividade em base de testes nucleares na Coreia do Norte
As imagens mostram a presença de veículos mineiros, usados para trabalhar nos túneis subterrâneos da estação de testes
Imagens de satélite registradas nos últimos dias mostram “altos níveis de atividade” na base de testes nucleares de Punggye-ri, na Coreia do Norte, de acordo com o site especializado 38 North, ligado à universidade americana John Hopkins. A análise dos pesquisadores, porém, não revela se são operações de manutenção ou para preparar um novo teste atômico.
As fotografias tiradas no dia 7 de julho revelam uma intensa atividade no chamado portal norte, onde o exército norte-coreano realizou seus dois últimos testes nucleares em 2013 e no início deste ano. Apesar de não ser possível confirmar o objetivo da movimentação, “é evidente que a Coreia do Norte está se certificando que as instalações estejam em estado de prontidão para realizar futuros testes nucleares, caso chegue uma ordem de Pyongyang”, divulgou o site.
Veículos e vagões mineiros podem ser vistos nas imagens perto do portal, indicando que estão trabalhando nos túneis da base de testes. No último dia 6 de janeiro, o governo do ditador Kim Jong-un detonou no interior dessas galerias subterrâneas o que afirmou ser uma bomba de hidrogênio, mas análises posteriores mostraram que se tratava de um artefato menos potente.
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Na última semana, a Coreia do Norte condenou a assinatura de um acordo para que os Estados Unidos instalem na Coreia do Sul, em parceria com o país, o sistema antimísseis THAAD. Além disso, Kim Jong-un sofreu uma série de sanções econômicas aprovadas por Washington por causa de violações dos direitos humanos.
Como resposta, Pyongyang lançou no fim de semana um míssil balístico de um submarino e, na segunda-feira, anunciou que cortou o único canal de comunicação diplomática que mantém com os americanos, por meio das Nações Unidas. Devido às tensões recentes, os analistas da John Hopkins não descartam que as atividades na base nuclear sejam novas provocações por parte do regime.
(Com EFE)