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Sarkozy reconhece erros que cometeu durante seu mandato

Candidato à reeleição, presidente afirma que abandona a vida política se perder

Por Da Redação
27 jan 2012, 09h49

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reconheceu que cometeu alguns erros de imagem durante seu mandato, como ter se dado ao luxo de caprichos caros em público e ter tentado fazer com que seu filho Jean fosse nomeado a um posto público com apenas 23 anos. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo jornal Le Monde. Sarkozy fez as declarações a um grupo de jornalistas que o acompanhava no último fim de semana em uma viagem oficial à Guiana Francesa, onde também afirmou que se retiraria da vida política caso perdesse as eleições presidenciais.

“O que me fascina nos grandes personagens da história são suas falhas. Não se aprende nada com o êxito. Sempre achei que sou o primeiro responsável pelos meus erros e os assumi”, disse o presidente. Entre eles, destacou como principal falha a tentativa de pôr seu filho Jean na direção do distrito financeiro e empresarial de Paris, La Défense. “Lamento isso. Ele sofreu muito, mas não vi problema. Esta função não é remunerada, não tem escritório, nem secretária, nem motorista. Mas não deixa de ser um erro”, declarou.

O governante também se arrepende de ter celebrado sua vitória nas eleições de 2007 no prestigiado restaurante Fouquet’s e de ter se exposto aos flashes dos fotógrafos ao lado de Carla Bruni em suas férias no Egito e na Jordânia. “Foi um erro. Quando me viram feliz, os franceses disseram: ‘Ele nos abandonou’. No Natal deste ano não tirei férias porque, com a crise, os franceses não teriam entendido”, afirmou.

Mulheres – Outra decisão que diz lamentar é ter colocado em seu primeiro governo mulheres muito jovens e sem experiência suficiente, como Rachida Dati e Rama Yade. “Sem dúvida cometi o erro de dar demais a elas, e muito rápido”, considerou o chefe de estado, que as tirou de seu Executivo na metade do mandato. Por outro lado, o presidente não se arrepende de ter aberto seu governo a personalidades de outros partidos, uma medida muito criticada entre seu grupo político.

As confissões de Sarkozy, reveladas pelo Le Monde, abrem um debate dentro de sua equipe de campanha sobre se deve pedir perdão publicamente pelos erros cometidos durante seu mandato no Eliseu. “Se fizer isso, terei que fazê-lo de forma extremamente precisa e isso requer um grande trabalho pessoal. É algo muito íntimo”, considerou.

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(Com agência EFE)

Leia no blog De Paris, por Antonio Ribeiro:

“Ainda resta alguma chance a Sarkozy? A resposta é sim. Porém com condição de que o Presidente da França consiga demonstrar e convencer os eleitores que o socialista François Hollande é ainda pior do que ele para o futuro do país. Mas com dizia Santo Agostinho, “É preciso entender para crer e crer para entender”. Sarkozy tem três meses para operar o milagre.”

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