Sarkozy perde primárias e decide abandonar a política
Contra toda expectativa, Nicolas Sarkozy, de 61 anos, saiu da disputa por uma vaga para a eleição presidencial com apenas 21% dos votos
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou na noite deste domingo a sua retirada da vida política depois de admitir sua derrota no primeiro turno das primárias da direita, vencido por seu ex-premiê François Fillon, o melhor colocado na corrida à presidência de 2017. Fillon desponta como favorito na campanha de cinco dias para o segundo turno da disputa primária dos conservadores para as eleições presidenciais da França contra o rival Alain Juppé. “Eu defendi as minhas convicções, com ardor, com paixão e não consegui convencer”, declarou o ex-chefe de Estado (2007-2012), reconhecendo a sua derrota.
Contra toda expectativa, Nicolas Sarkozy, de 61 anos, saiu da disputa por uma vaga para a eleição presidencial com apenas 21% dos votos, segundo resultados quase definitivos, muito atrás do seu ex-colaborador François Fillon, que recebeu 44,1% dos votos. O ex-presidente também perdeu para o seu rival histórico, o prefeito de Bordeaux e ex-primeiro-ministro de Jacques Chirac, Alain Juppé, que com 28,1% dos votos terá dificuldades para conquistar a vaga no segundo turno das primárias no próximo domingo.
Leia também
Em Lima, Obama e Putin têm conversa tensa sobre guerra na Síria
Acidente ferroviário na Índia deixa mais de 100 mortos
Melania Trump e filho ainda não devem se mudar para a Casa Branca
Com Fillon somente a 6 pontos de alcançar os 50% necessários no primeiro turno, e com Sarkozy do seu lado, a disputa parece ser difícil para Juppé. No entanto, qualquer eleitor francês pode participar do segundo turno no domingo, o que pode representar um impulso para Fillon.
O vencedor da disputa interna dos conservadores muito provavelmente deve enfrentar a líder do partido Frente Nacional, Marine Le Pen, em um segundo turno da disputa presidencial. Uma pesquisa de opinião da BVA realizada em setembro mostrava Fillon vencendo Le Pen por uma margem de 61% dos votos contra 39%, mas cenários em pesquisas de opinião recentes não colocaram Fillon contra Marine.
(Com agência Reuters e France-Presse)