Sargento pode ser executado por massacre de afegãos
Atirador será julgado pela Justiça militar dos EUA, que prevê a pena de morte
O sargento americano acusado de matar dezesseis civis afegãos pode ser sentenciado com a pena de morte em seu julgamento pela justiça militar dos Estados Unidos. “A pena máxima ( de morte) deve ser considerada nesta situação”, afirmou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, em conversa com jornalistas em um voo para o Quirguistão.
Panetta qualificou o ataque de “terrível perda de vidas” e destacou que ainda não ficou claro o que motivou o militar a cometer os assassinatos. “Não estamos certos de sua motivação, ele permanece sob custódia e eu garanti ao presidente (Hamid) Karzai que ele será levado à Justiça e pagará pelos crimes”, declarou.
Na manhã deste domingo, o sargento americano da força internacional da Otan (Isaf) saiu de sua base na província de Kandahar, um reduto talibã, e matou os moradores de três casas de vilarejos próximos, incluindo nove crianças e três mulheres. Depois ele queimou os corpos, voltou à base e relatou a ocorrência. O nome do militar não foi revelado, segundo autoridades americanas, para garantir a segurança da investigação.
Mais cedo, o comandante das forças da Otan no Afeganistão, o general americano John Allen, afirmou que o ataque foi realizado por um homem só. “A evidência até o momento, tanto em termos de observações como relatórios e entrevistas, nos leva a crer que ele atuou como um só indivíduo neste ponto.”
(Com Agência France-Presse)