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Samaras governará Grécia em casa e sem ministro das Finanças em semana chave

Por Da Redação
25 jun 2012, 15h39

Andrés Mourenza.

Atenas, 25 jun (EFE).- O novo primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, decidirá os rumos da Grécia em sua casa, já que no fim de semana passou por uma cirurgia por ter sofrido um descolamento de retina, e por isso não poderá participar da crucial cúpula de chefes de Estado e do Governo da União Europeia desta semana.

A este problema se somou nesta segunda-feira o fato de o novo ministro das Finanças, o banqueiro Vasilios Rapanos, também hospitalizado após sofrer um desmaio e fortes dores estomacais na última sexta, ter reunciado hoje ao convite para assumir a pasta.

‘O recente fato que fez necessária minha hospitalização demonstrou que os problemas de saúde que tinha não estão solucionados. Após ter conversado com os médicos, cheguei à conclusão de que meu estado não me permite aceitar o cargo’, afirmou em sua carta de renúncia, à qual a Agência Efe teve acesso.

Alguns jornais gregos especulavam hoje a possibilidade de que Rapanos teria utilizado seus problemas de saúde como desculpa, mas que na verdade estaria incomodado porque não foi designada uma equipe de tecnocratas para seu Ministério, enquanto seu principal ajudante, nomeado por Samaras, é um eminente membro do partido conservador Nova Democracia.

Ainda não se sabe quem assumirá o comando da pasta, mas até agora o Ministério das Finanças está sendo dirigido pelo interino Giorgos Zanias.

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Com um curativo sobre o olho direito, Samaras recebeu alta hoje do hospital Attikon e foi para sua residência particular no bairro de Kifissia, em Atenas, onde deverá permanecer em ‘repouso’ por oito dias, conforme recomendação dos médicos.

No entanto, e devido aos cruciais eventos que o país deve encarar nesta semana, o novo primeiro-ministro conservador deu instruções para poder dirigir o país em casa.

Samaras não poderá participar da cúpula europeia de quinta e sexta-feira em Bruxelas, e com isso a delegação grega será dirigida pelo presidente da República, Karolos Papoulias, cujo cargo é mais protocolar.

A princípio, o governo de Samaras escolheu o ministro das Relações Exteriores, Dimitris Avramopoulos, para liderar a delegação, mas hoje teve que voltar atrás e passar a incumbência a Papoulias para cumprir as ‘regras’ da UE, pois a cúpula é de chefes de Estado e de Governo.

A intenção da Grécia é apresentar uma ampliação dos prazos estabelecidos pelo plano de resgate assinado entre Bruxelas e o governo grego anterior em março, assim como suavizar os termos de certas medidas de austeridade exigidas.

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‘Neste momento, a extensão do pagamento da dívida está a ponto para negociação, já que nossos parceiros começaram a discuti-la. (Também) podemos propor o tema da redução do IVA, já que dispomos de dados que mostram que seu aumento resultou em uma redução da arrecadação do Estado, mais desemprego e fechamentos de empresas’, explicou Simos Kedikoglu, porta-voz do governo, à rádio ‘To Vima’.

No entanto, o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, afirmou hoje que não espera ‘nenhum acordo sobre o tema da Grécia na cúpula da UE’, já que antes a ‘troika’ formada pelo Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional deve retornar a Atenas para se reunir com o novo governo e analisar a situação das reformas exigidas.

Esta visita estava prevista para hoje, mas foi adiada para a próxima semana pelo estado de saúde de Samaras e Rapanos.

Neste sentido, os parceiros do governo grego de coalizão informaram que não participarão da cúpula de Bruxelas, apesar de anteriormente terem anunciado seu comparecimento.

A decisão de não participar foi tomada em reunião hoje entre o líder do partido social-democrata Pasok, Evanguelos Venizelos, e o do centro-esquerdista Dimar, Fotis Kouvelis, as duas legendas que apoiam o governo do partido conservador Nova Democracia.

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‘Definimos que, tão logo o primeiro-ministro se recupere, iremos (os três) a Bruxelas para negociar e lutar por tudo o que tem a ver com a implementação (do memorando)’, explicou Kouvelis em entrevista coletiva. EFE

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